A Coreia do Norte explodiu um escritório de comunicação conjunto com a Coreia do Sul na cidade fronteiriça de Kaesong, após semanas de tensão crescente entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul.
O edifício simbólico era uma espécie de embaixada informal entre o Norte e o Sul e foi inaugurado em 2018 para ajudar as duas Coreias a se comunicarem a um custo de milhões de dólares. Está vazio desde janeiro, devido ao bloqueio da Covid-19.
A destruição do escritório atrasa o processo de construção da paz em que as duas nações estavam trabalhando nos últimos anos.
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Logo após a explosão, a mídia norte-coreana explicou que o motivo dessa destruição era responder ao governo sul-coreano por abrigar desertores, chamando-os de ‘escória humana’ e por tolerar que mensagens de propaganda fossem enviadas para o território norte-coreano. Tensões recentes começaram depois que grupos de fugitivos norte-coreanos no sul enviaram centenas de milhares de balões pela fronteira para a Coreia do Norte com folhetos, doces, versículos da Bíblia e pendrives.
No entanto, pode ser que o verdadeiro motivo dessa destruição seja demonstrar o poder da irmã de Kim Jong-un, Kim Yo-jong. Essa demonstração física ocorre apenas quatro dias depois que Kim Yo-jong ameaçou demolir o escritório em uma ‘cena trágica’ em um comunicado. Se a Coreia do Sul responde a isso ou não, provavelmente não importa realmente para a família Kim, porque Kim Yo-jong agora demonstrou sua capacidade para ambos os burocratas idosos na Coreia do Norte e para o mundo exterior.
Mas o pano de fundo desse incidente é a situação desesperadora dentro da Coreia do Norte. Eles realmente precisam do apoio de moeda estrangeira, alimentos e medicamentos de fora. A Coreia do Norte provavelmente sente que não ganhou nada com as recentes cúpulas inter-coreanas e a diplomacia pública com Seul. As sanções permanecem e as dificuldades econômicas combinadas com a crise do Coronavírus tornaram a Coreia do Norte desesperada o suficiente para tentar essas táticas arriscadas.
O processo de desnuclearização não está mais na agenda da Coreia do Norte.
Cristãos Perseguidos
Desde 2002, a Coreia do Norte ocupa a primeira posição na Lista Mundial da Perseguição, que classifica os 50 países que mais perseguem cristãos no mundo. Dados da lista mostram que existem hoje no país, cerca de 300 mil cristãos vivendo secretamente sua fé. Quando descobertos, são presos, torturados, enviados a campos de trabalho forçado e, muitos, são mortos.
À medida que as tensões aumentam na península coreana, ore pela paz na região e proteção pelos cristãos perseguidos na Coreia do Norte.