Da Redação JM Notícia
Nessa terça-feira, 22, em discurso na tribuna da Câmara Municipal de Palmas, o vereador Lúcio Campelo (PR) cobrou soluções definitivas em relação ao transtorno que virou a Avenida Tocantins, após a implantação do projeto Shopping a Céu Aberto. De acordo com o vereador, que nessa semana conversou com diversos comerciantes da região, a prefeitura de Palmas está demorando muito para se reunir com a comunidade local, e os problemas na região aumentam com o passar do tempo.
“Desde a implantação do Shopping a Céu Aberto, a comunidade de Taquaralto tem passado por muita dificuldade, e está fazendo isso sem o apoio da prefeitura. Nas conversas que tive, senti que os empresários precisam de soluções, e aqui eu quero fazer um apelo a prefeita Cinthia Ribeiro que olhe com urgência para a região”, alertou o parlamentar.
Segundo o vereador Lúcio Campelo, o projeto que foi executado pelo ex-prefeito Carlos Amastha está diretamente ligado com dificuldades enumeradas pelos comerciantes, entre elas: a falta de estacionamento para os clientes e até para os moradores, o estreitamento da avenida, dificultando o trânsito dos veículos, e o enfraquecimento do comércio de maneira geral.
Com a troca de gestores no comando da prefeitura, o vereador esperava que a situação fosse resolvida mais rapidamente. “A prefeita Cinthia Ribeiro pediu um prazo de 100 dias para se inteirar e ajustar a prefeitura, mas existem situações que precisam ser trabalhadas de maneira ágil. Essa nova gestão precisa entender que a avenida Tocantins não é um problema só daquela localidade, mas sim de toda a cidade de Palmas”, esclareceu o vereador.
“Nós vereadores temos que ficar atentos, não podemos deixar que os mesmos erros aconteçam duas vezes. Quando Amastha implantou o projeto, não quis ouvir a população, nem os apelos da Câmara, fez de acordo com seus interesses e o resultado foi um desastre. A prefeita Cinthia tem que vir e conversar conosco, em quase 60 dias de gestão até hoje isso não ocorreu”, criticou o vereador
TCE pediu suspensão
Com diversos problemas que surgiram, hoje o projeto encontra-se suspenso, sendo finalizada apenas parte da ideia inicial. Além da própria comunidade, que ano passado chegou a realizar manifestação contrária ao projeto, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) também interviu, através de decisão da Sexta Relatoria, representada pelo conselheiro Alberto Sevilha.
A medida cautelar que suspendeu todo o projeto é do final de janeiro desse ano, e reforçou o entendimento quanto à ilegalidade e irregularidade na execução da obra. Conforme foi destacado na época, houve “completa falta de planejamento da prefeitura de Palmas que se dá ao fato do atraso injustificado da obra”, apontou o conselheiro Sevilha.