Da Redação JM Notícia
Durante audiência de prestação de contas da saúde municipal, o vereador Lúcio Campelo (PR) comentou sobre a realidade do serviço de atenção básica oferecido pela prefeitura de Palmas. De acordo com o parlamentar, o palmense está desassistido, enfrentando uma série de adversidades que vão desde a falta de médicos, com a baixa oferta de atendimentos especializados, até a falta de exames laboratoriais, gerando casos de espera de até seis meses para liberação do resultado dos exames.
A referida audiência ocorreu nessa terça-feira, 29, na Câmara Municipal, e tratou da prestação de contas referente ao primeiro quadrimestre de 2018. Em seu pronunciamento, o vereador destacou inicialmente o desafio em ofertar com qualidade o serviço de atenção básica para o cidadão.
“Trata-se de um desafio que todo o país precisa enfrentar, não sendo exclusivo de nossa Capital. A questão é complexa, e passa pela baixa oferta de médicos, que muitas vezes não querem sair dos grandes centros para trabalhar em cidades menores, indo até a própria ingerência dos gestores, que não conseguem manter a regularidade de profissionais nas unidades de saúde”, comentou o vereador.
Para exemplificar essa realidade, o vereador apresentou o caso um morador da região sul de Palmas, que é diagnosticado com deficiência mental, devendo tomar seus medicamentos de maneira regular, mas não consegue devida a falta de médicos no seu bairro. “Esse cidadão é vizinho meu, e não consegue suas receitas junto aos médicos, porque a prefeitura fica numa operação tapa-buracos, uma hora coloca o médico numa unidade, outra hora o retira para cobrir o atendimento em outro lugar”.
Exames
Outra falha apontada pelo vereador está nos serviços de exames laboratoriais da rede municipal. “A informação que temos é que as empresas que realizam os exames não foram pagas, e agora toda a demanda dos pacientes está concentrada, gerando um atraso de até seis meses para sair o resultado. Há casos de pacientes que morreram, entre eles um conhecido meu, que morreu de enfarte, e só meses depois da morte que a família recebeu os laudos atestando a doença. Um absurdo”, criticou o vereador.
Atendimento especializado
Em seguida, o vereador alertou para a baixa oferta de atendimentos especializados nas unidades de saúde do município. ‘Caso um paciente precise de uma operação de ponte de safena, ele não irá conseguir com a prefeitura de Palmas, sendo obrigado a recorrer ao HGP. Um dos motivos para a superlotação nesse hospital reside justamente na falta de atendimento do município, o que acaba sobrecarregando a saúde estadual’’, esclareceu o vereador.