Por Carlos Alberto do Nascimento
Existem vários “cases” de sucesso e também grandes exemplos de boas ações de milionários no decorrer da história, mas penso que nenhum deles, por mais importantes que sejam ou tenham sido, deixou um legado tão rico e tão abrangente quanto Salomão, o filho de Davi, Rei de Israel.
O Rei Salomão não só é um exemplo de como conquistar e reter as conquistas, mas principalmente na execução de uma ação tão expressiva nos nossos tempos, que é o compartilhamento. A palavra inglesa “sharing” nunca foi tão utilizada na prática como nos últimos tempos, e não tem como negar a influência de um povo que sempre preocupou-se em perpetuar o seu legado em prol do outro, tanto que é chamado de “o povo do livro”, o que eu diria “o povo de muitos livros”, sendo Salomão uma expressão “real” desse legado em sabedoria e conhecimento.
Como tornar-se então amigo de um Rei que viveu há tanto tempo atrás? Através do seu legado! Esta é a importância do livro, ele torna-se vivo ao ser utilizado, é como se fosse uma regeneração do ser que o criou, multifolheado, e em cada folhear uma revelação a mais, sem interlocutor e ao mesmo tempo em completa conexão, mergulhando nas faces lineares de frases que se expandem para inserir todo um cenário e um contexto, do qual agora fazemos parte. Não tem como não ser íntimo, não tem como não amar e querer ser amigo, principalmente quando se nota tanto esmero e tanta dedicação em externar as essências de conceitos vividos e experimentados, em função de um exemplo maior.
E isto é fantástico e também faz parte de todo o sucesso e conquista: derramar nas vidas dos outros as suas próprias vidas, de maneira que absorvam suas essências e, mais importante, que apliquem e dupliquem, gerando mais vida ainda.
Ao determinar que “ter amigos é melhor do que ter ouro e prata” (Pv 22:1b), há um incentivo natural para buscarmos essa intimidade, na tentativa de sermos esse “amigo mais chegado do que o irmão” (Pv 18:24), e que, se obtivermos as revelações e o entendimento dele, certamente seremos um pouco mais parecidos com ele, um pouco mais que amigos…
De qualquer forma, tenho por certo que, nessa aproximação, e investigando o que as pessoas bem sucedidas têm que as diferenciam das demais, descobri que o que elas fazem foi o próprio Salomão quem estabeleceu, o que nos deu motivação para escrevermos esse livro (Amigos de Salomão), cujo foco principal, além de determinar os motivos que levam apenas alguns a enriquecerem, é o de trazer modelos e estratégias para gerir nossas finanças, porém criando uma cultura que possa alcançar as gerações futuras, preparando jovens e adultos enquanto provedores de bens e recursos.
Na realidade, nunca fomos ensinados sobre dinheiro, do jardim de infância à universidade, e o que sabemos e fazemos é resultado do que observamos quando crianças, ou seja, o que sabemos sobre dinheiro nos trouxe até o ponto em que estamos, nos levando a depreender que, se existem leis externas para o dinheiro, existem também leis internas… No entanto, não é possível mudar aquilo que ignoramos… uma vez que “toda mudança duradoura somente pode acontecer quando ocorrer dentro da mente” (Dr. Myles Munroe).
Identificar o nosso modelo de gestão torna-se essencial para a implementação dessa mudança, e a busca dessas referências, em equilíbrio, é que nos garantirá descobrirmos os segredos que envolvem a administração segura das nossas finanças e, por conseguinte, das nossas próprias vidas.