A polêmica resolução aprovada pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) de virtualmente eliminar a ligação dos judeus com Jerusalém e o monte do Templo, gerou diferentes protestos por parte de judeus e evangélicos. O papa Francisco também se posicionou sobre o assunto, lembrando os relatos bíblicos onde Deus promete a Terra Santa para os judeus.
Existem claras implicações religiosas, uma vez que o documento só usa termos árabes para se referir ao complexo do Monte do Templo (do qual o Muro das Lamentações faz parte), reiterando a ideia de que seriam sagrados “apenas para os muçulmanos”.
Além disso, o texto foi proposto por Argélia, Egito, Líbano, Marrocos, Omã, Catar e Sudão, países islâmicos que apoiam o reconhecimento da Palestina como nação independente. Foram 24 votos a favor e seis contra, além de 28 abstenções. Apesar de ter votado com a maioria, o Brasil deixou claro que a resolução manteve problemas e linguagem incompatíveis com um tratamento equilibrado do tema, especialmente ao atribuir a Israel a responsabilidade pelo ciclo de violência na região.
O deputado federal Roberto de Lucena (PV/SP) pediu explicações do Ministério das Relações Exteriores sobre esse posicionamento. Ele é pastor da igreja O Brasil para Cristo e um defensor da boa relação do Brasil com Israel. O parlamentear gravou um vídeo explicando sua preocupação com o assunto. Gospel Prime