A Convenção dos Ministros das Assembleias de Deus no Sul do Maranhão (COMADESMA) divulgou uma carta aberta nesta terça-feira (15) para se posicionar diante de recentes emancipações que abalaram a estrutura da instituição. O documento, assinado pelo presidente da entidade, pastor José Alves Cavalcante, traz críticas a lideranças dissidentes e defende a continuidade do projeto iniciado há 22 anos.
Segundo o texto, o momento vivido pela convenção é de “celeuma e tentativas de divisão”. Cavalcante afirma que tem sido alvo de calúnias e acusa antigos integrantes de se afastarem dos princípios da fé para promover instabilidade.
“Infelizmente, pessoas que um dia tiveram prestígio e confiança entre nós agora se utilizam de sua influência para disseminar mentiras, promover confusão e tentar desestruturar aquilo que Deus tem edificado entre nós”, escreveu o líder.
A carta não cita nomes nem campos específicos, mas o conteúdo sugere que as emancipações foram motivadas por divergências internas. O presidente pede que os pastores “permaneçam firmes” e alerta para o risco de serem enganados por lideranças que, segundo ele, “perderam o brilho da honra e o respeito do povo de Deus”.
Em mensagem direta aos líderes de campo, Cavalcante reforça sua posição e faz um apelo por lealdade:
“Queridos pastores presidentes de campo, permaneçam firmes. Eu, Pr. Cavalcante, estou mais firme do que nunca. Deus é nossa testemunha e será nosso juiz nesta causa. Não se deixem seduzir por lobos disfarçados de ovelhas, que com palavras suaves tentam confundir os simples. Estes não têm mais nada a oferecer além de contenda, pois perderam o brilho da honra e o respeito do povo de Deus”, declarou.
Ainda segundo ele, “enquanto alguns escolhem o caminho do caos, da sedição e do engano, nós escolhemos o caminho da paz, da verdade e da fidelidade ao nosso chamado”.
A COMADESMA atua em diversos estados da região Nordeste e é uma das principais convenções regionais das Assembleias de Deus no País. Ao longo de mais de duas décadas, tornou-se referência na formação e envio de obreiros, além da abertura de novos campos.
Mesmo diante das saídas recentes, a liderança reafirmou o compromisso com a continuidade do trabalho. “Sigamos juntos, ombro a ombro, com os olhos fitos em Cristo, o autor e consumador da nossa fé”, conclui o presidente.