O cantor gospel Leonardo Gonçalves causou polêmica na tarde desta terça-feira, 14, ao afirmar que o uso de melismas por cantores brancos seria uma forma de apropriação cultural, já que essa técnica vocal é considerada uma propriedade dos cantores pretos.
Para a esquerda, segmento atual do cantor, a apropriação cultural é “um mecanismo de opressão por meio do qual um grupo dominante se apodera de uma cultura inferiorizada, esvaziando de significados suas produções, costumes, tradições e demais elementos”.
O cantor também fez uma mea culpa por fazer uso da técnica que o deixou famoso no meio gospel.
Leonardo Gonçalves nos últimos anos se alinhou a uma teologia progressista que o levou a abraçar as pautas da esquerda.
Foi sem querer
Ele também mencionou que, na época em que começou a utilizar essa técnica, não tinha conhecimento sobre o conceito de apropriação cultural e que agora reconhece que se beneficiou dela.
A fala do artista gospel foi dada durante um storie em que respondia a um seguidor que questionou o fato dele ter falado usado anteriormente a expressão “eu quis botar uma pessoa branca na lista” dos melismas que ele achava os melhores. “Não é por relevância, é por inclusão?” questionou o internauta.
“Eu não consegui explicar direito. Evidentemente o melisma é um recurso vocal que vem, que é propriedade dos cantores pretos. Inclusive quando brancos fazem melismas a palavra correta, o termo correto é apropriação cultural”, disse Leonardo.
Ele conclui afirmando: “eu inclusive na época (em que começou) não existia essa palavra, esse conceito e não entendia que estava fazendo isso, não entendi que me beneficiei disto, mas acontece. Faz parte da minha realidade, faz parte da minha história. Colocar alguma pessoa branca que alguma forma inovou. trouxe alguma novidade para o melisma, eu acho que uma curiosidade , uma coisa interessante”, finalizou.