A sessão extraordinária desta terça-feira (23) para votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2018 teve embate entre vereadores da base e de oposição. O vereador Léo Barbosa criticou o posicionamento de colegas e disse que a Câmara se transformou em um “puxadinho” da prefeitura, deixando de atender a interesses da população, para atender interesses do prefeito Amastha.
Léo destacou que o ano já começou com as mesmas práticas do ano passado e classificou as condutas como um “jogo sujo” bancado pelo executivo, com contribuição da falta de personalidade de alguns vereadores da casa. O vereador também ressaltou que o presidente Folha não respeita a decisão do colegiado.
Para o vice-presidente da Câmara, o orçamento votado no ano passado (30%) não foi suficiente para a educação, prova disso foi a situação dos professores, que paralisaram as atividades e chegaram a fazer greve de fome, por não ter orçamento para cumprir com as obrigações e compromissos estabelecidos em lei. Em 2018, os recursos destinados à pasta foram reduzidos a 27%.
“Não estou falando de uma obrigação do prefeito Amastha, mas de todos os gestores desse país. 25% destinados à educação não é porque o Amastha é bom, e sim porque são limites mínimos constitucionais”, ressaltou.
Outra pasta que teve corte em relação a 2017 foi a da saúde, que passou de 17% para 15%. “Nós estamos tirando 2% que poderiam ser aplicados nas UPAS e nos postinhos. Estamos tirando da saúde e educação para colocar no remanejamento e para que aconteçam mais casos como o da Ises”, se referindo ao rombo nos contratos do município com a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Instituto Sócio Educacional Solidariedade (Ises).