Durante a oitiva, o vereador e membro da Comissão, Léo Barbosa (SD), perguntou ao ex-secretário sobre a sua responsabilidade pelas aplicações em fundos considerados de alto risco, tendo em vista que uma das três assinaturas necessárias para autorizar as transações era de Zini. Barbosa recebeu a resposta com estranheza, quando o ex-secretário destacou que não se sente responsabilizado pelas aplicações, porque apenas assinava e não possui capacidade técnica para avaliar os investimentos.
“O senhor diz que fazia apenas o pagamento, independente de ver o endosso do documento que chegava. Se o senhor, que fazia os pagamentos não era o responsável por observar a legalidade, quem eram os responsáveis?”, interpelou Barbosa.
Em diversos momentos, o depoente alegou não ter conhecimento dos riscos, no entanto, o presidente da Comissão, Professor Júnior Geo (PROS) leu um documento assinado por Zini no qual ele declara ter ciência do risco do investimento realizado no Cais Mauá do Brasil.
“Estou preocupado com a Lei de política de investimento que foi descumprida. Sem a sua assinatura, nós não teríamos os pagamentos. Eu quero saber se era de costume vocês assinarem a ordem de pagamento sem se quer verificar a procedência, se era legal ou se era ilegal”, questionou Barbosa.
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Ainda durante o seu tempo disponibilizado para fazer as perguntas, Léo afirmou que é possível ver claramente que “tem rolo pelo meio” e que espera resultados positivos da CPI. “A gente vê claramente, pelas respostas não sei, não vi, não conheço ninguém, que tem rolo pelo meio. Fogem das perguntas”, disse.