O depoimento do prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSB) marcado para a tarde desta terça-feira (22) foi suspenso. A determinação foi dada pela Justiça Federal depois que a defesa do gestor pediu para que o depoimento dele fosse colhido em Brasília. Amastha é um dos alvos da Operação Nosotros, que investiga fraude em licitações para a construção do Bus Rapid Transit (BRT), no valor de R$ 260 milhões.
Para embasar o pedido, o advogado do prefeito Leandro Manzano argumentou que se Amastha prestasse o depoimento em Palmas ocorreria um risco de exploração política diante do fato. A defesa também fez menção à possibilidade de manifestação de populares na frente da delegacia.
Em nota enviada a imprensa a Secretaria de Comunicação do Município informou que o depoimento do prefeito Carlos Amastha, previsto para acontecer hoje às 15h na Superintendência da Polícia Federal do Tocantins foi suspenso. A pedido da defesa de Amastha o depoimento deverá acontecer em Brasília em data ainda não estipulada.
“O prefeito Amastha deseja esclarecer todos os fatos o mais rápido possível, por isso solicitamos que a oitiva seja realizada em Brasília com a presença da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Justiça Federal”, esclareceu a assessoria.
Entenda
A Operação Nosotros da Polícia Federal foi deflagrada no início deste mês para apurar fraude em licitações para a construção do Bus Rapid Transit (BRT), no valor de R$ 260 milhões. Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão e 12 de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para depor. A ação ocorreu no Tocantins, Paraná e em Santa Catarina.
Em Palmas, os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão na casa de Amastha, que fica no setor Taquari e no apartamento dele, na quadra 2014 Sul. No dia ele não foi encontrado. Um chaveiro foi chamado para abrir o apartamento dele. Em um dos endereços foram apreendidos R$ 180 mil.
A polícia informou também que secretários municipais estão entre os alvos. Entre as pessoas conduzidas para depor estão o secretário municipal de finanças e o procurador geral do município, além de donos de imobiliárias e donos de terras. Diversos servidores públicos também serão intimados a prestarem esclarecimentos, informou a PF. Mandados também foram cumpridos no prédio da Prefeitura de Palmas e em imobiliárias.