Justiça prorroga prisão de vereador de Araguaína investigado em esquema de fraudes de CNHs

Justiça prorroga prisão de vereador de Araguaína investigado em esquema de fraudes de CNHs

Foi prorrogada, pelo prazo de cinco dias, a prisão temporária do vereador de Araguaína, Gilmar de Oliveira Costa, conhecido como Gilmar da Auto Escola. O pedido foi formulado pelo Ministério Público do Estado (MPE), e visa assegurar o término das investigações em procedimento investigatório criminal que resultou na operação de um suposto esquema de fraudes em emissões de CNHs, na última quinta-feira, 13, em Araguaína. 

Na ocasião, também foram alvos da operação seis servidores da Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) e outro proprietário de Auto Escola no município.

Segundo o MPE-TO, a  solicitação da prorrogação da prisão temporária se deu diante da complexidade do caso na apuração das supostas práticas dos delitos de corrupção, associação criminosa e falsificação de documento público. Uma grande quantidade e variedade de documentos apreendidos no gabinete do vereador Gilmar Oliveira ainda encontram-se em análise e podem fornecer elementos que contribuam para a elucidação dos fatos e o resultado das investigações no que diz respeito aos crimes imputados ao investigado.

O parlamentar estava preso desde o dia da operação do Gaeco e teve o requerimento de prisão temporária deferido, nesta segunda-feira, 17, pelo Juiz de Direito Antônio Dantas de Oliveira Júnior da 2ª Vara Criminal e Execuções Penais de Araguaína.

Entenda

A investigação sobre as fraudes teve início em fevereiro de 2016, sendo realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPE, a partir de denúncia apresentada pela direção do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Na época, foi apontado que o esquema de corrupção já funcionava há algum tempo.

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Segundo a investigação, CNHs foram emitidas sem que os candidatos a condutor tivessem que se submeter às provas teórica e prática, bem como ao curso de formação oferecido pelas autoescolas. Pela carteira fraudulenta, os interessados chegavam a pagar entre R$ 3 mil e R$ 4 mil, valor que incluía as taxas administrativas do Detran. O dinheiro excedente era repartido entre os participantes do esquema.


Para a efetivação das fraudes, proprietários de autoescola e servidores da Ciretran atuariam de forma articulada, havendo o envolvimento de agentes públicos que atuavam no curso técnico teórico, no exame de legislação de trânsito e no exame de direção veicular. (Marcelo de Deus) Com informações assessoria do MPE

https://jmnoticia.com.br/2018/09/13/policia-civil-prende-vereador-de-araguaina-suspeito-de-venda-de-cnhs/