Da Redação JM Notícia
Segundo um levantamento do Conselho Nacional de Justiça, os juízes e desembargadores do Tocantins ocupam o terceiro lugar entre os salários mais altos do país, com uma média de R$ 72 mil por mês. Mato Grosso do Sul e Santa Catarina estão no primeiro e segundo lugares, respectivamente.
Os altos salários, porém, não torna a Justiça tocantinense mais produtiva, cada um dos 129 magistrados locais concluiu, em média, 1.359 processos, o 13º lugar no ranking nacional elaborado pelo Relatório Justiça em Números.
O estado mais produtivo, segundo o CNJ, é o Rio de Janeiro, onde cada magistrado tomou mais de 3,3 mil decisões em média.
Ao G1, Roniclay Alves de Morais, diretor da Associação dos Magistrados do Tocantins, explica que os altos salários se dão por conta dos juízes e desembargadores do Tocantins serem chamados para trabalhar durante as férias.
Sobre a produtividade, Morais declara que ela vem crescendo nos últimos anos. “Se nós pegarmos os dados de 2015 a 2017, nós aumentamos em quase 30% o número de sentenças proferidas por magistrados. Há 10 anos nós não temos concurso para servidores, nós não temos concurso para magistrado”, diz ele.
A Ordem dos Advogados do Brasil no Estado, através de Wylyson Gomes de Souza, acredita que o Tribunal de Justiça do Tocantins pode trabalhar mais, por menos.
Onde se paga mais deveria se produzir mais. Então o Tribunal de Justiça precisa reavaliar o custo efetivo do próprio Judiciário”, diz Souza, da comissão defesa patrimônio público.
O Tribunal de Justiça do Tocantins destaca, porém, ficou em 1º lugar entre os tribunais de pequeno porte no índice de conciliação nas fases de execução e de conhecimento, no primeiro grau. Na fase de conhecimento registrou 22% de conciliações realizadas, enquanto a média nacional é de 14,2%.
Já em relação à taxa de congestionamento (líquida), o Judiciário conseguiu reduzir o índice em 4,4% – caindo de 67,2% em 2016 para 62,8% em 2017. O resultado coloca o estado em 6º lugar no ranking dos tribunais de pequeno porte.