A Jordânia derrubou mísseis balísticos e drones lançados pelo Irã que violaram seu espaço aéreo na manhã deste domingo, 16. A ação foi conduzida pela Força Aérea Real e destacou o papel do país como elo fundamental na contenção da escalada militar entre Israel e Irã. O governo jordaniano classificou a resposta como um ato de legítima defesa.
A agência estatal Petra informou que “jatos e sistemas de defesa aéreos da Força Aérea da Jordânia abateram mísseis e drones que entraram no espaço aéreo do país”. Ainda segundo o comunicado, a pronta reação das forças armadas impediu que os projéteis causassem danos a civis ou infraestruturas dentro do território jordaniano.
O episódio ocorre no contexto do aumento das tensões entre Israel e Irã, após ataques israelenses a instalações militares em Teerã e Natanz. Como retaliação, o Irã lançou dezenas de mísseis e drones em direção ao território israelense. A maior parte do arsenal foi interceptada por sistemas defensivos de Israel, com apoio de parceiros internacionais e colaboração regional.
A Jordânia, que mantém relações diplomáticas com Israel desde 1994, reiterou que não permitirá violações de sua soberania. Ao agir de forma coordenada com os sistemas de defesa israelenses, o país indicou que pretende evitar que a guerra se expanda para além das fronteiras dos dois países diretamente envolvidos.
Especialistas veem na reação jordaniana uma resposta calculada, destinada a evitar envolvimento direto no conflito, mas também a proteger seus próprios interesses estratégicos. “A Jordânia reforça sua posição como tampão geopolítico entre Israel e seus vizinhos mais hostis. Ao derrubar projéteis iranianos, demonstra firmeza e alinhamento com a estabilidade regional”, afirmou um analista ouvido pela agência Reuters.
O governo de Amã segue vigilante, com seus sistemas de defesa em prontidão. A movimentação indica que, mesmo sem intenção de tomar parte ativa na guerra, o país está disposto a agir quando sua segurança for ameaçada.
