A humanização do trânsito em detrimento à indústria da multa foi defendida pelo vereador Joaquim Maia (PV) na sessão da Câmara Municipal de Palmas nesta quarta-feira, 17.
Para o vereador, a prioridade da gestão tem sido a fiscalização excessiva, que tem enchido os cofres públicos com dinheiro proveniente das multas, em vez de “se colocar o ser humano à frente das ações quando se trata do trânsito”.
Maia destacou que as multas renderam R$ 4,8 milhões ao município em 2015 e que a previsão para este ano, com a implantação dos inúmeros radares nas avenidas de Palmas, é de um acréscimo deste valor em torno de 60%.
Em vez de “apertar a população em cima das multas”, o vereador cobrou ações de educação para o trânsito que prepare o cidadão, por exemplo, para o uso das ciclofaixas que foram instaladas no ano passado mas que até hoje os condutores de veículos não conhecem a sua finalidade.
O líder do prefeito na Câmara, vereador Folha Filho (PTN) discordou de Maia e afirmou que a fiscalização eletrônica tem sido fundamental para conter os motoristas imprudentes.
Júnior Geo (PROS) entrou na discussão. Também contrário à aplicação excessiva das multas, questionou o gasto de dinheiro público com o aluguel de painéis eletrônicos ao custo de R$ 9 mil ao mês e que, na opinião do vereador, não contribuem em nada com a redução de acidentes e com a educação no trânsito.