Após internautas iniciarem uma campanha a favor da abertura de uma investigação contra as igrejas evangélicas, o deputado Eli Borges (PL-TO), líder da Frente Parlamentar Evangélica, criticou a movimentação e condenou a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o tema. Segundo ele, o Brasil está “convivendo com a igrejofobia”.
“É perceptível e lamentável que estamos convivendo com a igrejofobia, quando fatos isolados são usados para macular uma instituição vital para a rotina e perpetuação dos valores advindos do cristianismo”, afirmou Borges ao Correio nesta quinta-feira (11/1).
Ontem, perfis movimentaram as redes sociais com pedidos para que seja instaurada uma CPI das Igrejas Evangélicas. O assunto chegou a ser um dos mais comentados no X (antigo Twitter), em contraponto à polêmica envolvendo a CPI da Câmara dos Vereadores de São Paulo que mira o padre Júlio Lancellotti.
“Somos cerca de 70 milhões de evangélicos no país, mais de 200 mil ministros, não se pode pegar fatos isolados e comprometer a instituição igreja. É bom lembrar que fazemos um gigantesco trabalho social praticamente a custo zero para o erário público”, defendeu Eli Borges.
“Se buscamos imunidade é porque isso está garantido pela Constituição Federal, e também porque o Estado brasileiro é laico. Em outro ângulo, os membros das comunidades religiosas já pagam impostos, se a igreja pagar teríamos aí uma bitributação”, alegou o deputado. “Quem deve que pague, só respeitem o processo legal”, concluiu.