Da Redação JM Notícia
Representando quase 30% da população do país, os evangélicos serão procurados por candidatos dos mais diferentes partidos políticas que pleiteiam cargos no legislativo ou executivo nas eleições deste ano. Homens e mulheres que disputarão os votos de um segmento capaz de definir qualquer eleição.
O jornal El País lembrou de alguns candidatos que há alguns meses vêm buscando aproximação com os evangélicos, como é o caso do agora ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que pode ser candidato à presidência pelo MDB.
Meirelles foi visto participando de grandes eventos das Igrejas Assembleia de Deus, tanto o Ministério Madureira, quanto Ministério Belém, igrejas que juntas representam a maior denominação evangélica do país.
Além da Assembleia, o ex-ministro também foi visto na Sede da Igreja Sara Nossa Terra, em Brasília, onde foi apresentando pelo bispo Robson Rodovalho como o responsável pelo “milagre da economia brasileira”.
O jornal espanhol, em sua versão brasileira, lista outros países que também contam com o apoio dos evangélicos para definirem as eleições como a Colômbia e o México. Em todos eles, os candidatos buscam atrair os votos se mostrando contrários a pautas como a legalização do aborto, a não autorização do casamento entre pessoas do mesmo sexo e outras pautas conservadoras que o jornal chama de “retrógadas”.
Com uma população ainda ligada à religião cristã, a América Latina tem visto crescer o surgimento de uma corrente conservadora que se levanta contra as pautas progressistas defendidas por partidos de esquerda.
Um exemplo desse embate entre conservadores e progressistas foi visto nas eleições da Costa Rica há cerca de duas semanas, quando representantes das duas vertentes foram para o segundo turno da eleição presidencial. Fabrício Alvarado, pastor evangélico, acabou perdendo a eleição para o progressista Carlos Alvarado Quesada, com uma diferença de menos de 20% dos votos válidos.
Bancada Evangélica planeja chegar a 165 parlamentares no Congresso
Com um segmento cada vez mais forte e organizado, a Bancada Evangélica pretende passar de 93 deputados para 150, e de três senadores para 15.
Segundo o jornal Valor Econômico, desde outubro um grupo de líderes evangélicos tem se encontrado para debater estratégias para aumentar a participação na política. Entre os representantes temos pastores das igrejas batistas, Assembleia de Deus, Igreja Universal do Reino de Deus, Evangelho Quadrangular, Internacional da Graça de Deus, Ministério Internacional da Restauração, Fonte da Vida, Mundial do Poder de Deus, Sara Nossa Terra e outras.