Na última quinta-feira (1º), em votação histórica, a Igreja Presbiteriana na América (PCA), a maior denominação presbiteriana dos EUA, decidiu que homens gays não devem ser ordenados a pastores.
O texto aprovado diz que “aqueles que professam uma identidade (como ‘cristão gay’, ‘cristão atraído pelo mesmo sexo’, ‘cristão homossexual’ ou termos semelhantes) que mina ou contradiz sua identidade como novas criaturas em Cristo, seja por negar a pecaminosidade dos desejos decaídos (como a atração pelo mesmo sexo, mas não somente isso) ou negar a realidade e a esperança da santificação progressiva, ou deixar de buscar, pelo poder do Espírito, a vitória sobre suas tentações, inclinações e ações pecaminosas, não são qualificados para ofício ordenado”.
A votação ocorreu na 48ª Assembleia Geral da denominação, realizada na cidade de St. Louis, no Missouri e teve 1.400 votos a favor e 400 contrários à medida.
A decisão é totalmente diferente do que já foi adotado pela Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, que já ordena como pastores homossexuais e também aceita a ordenação de mulheres. Essa denominação, inclusive, realiza casamentos entre pessoas do mesmo sexo desde 2015.
Mas na PCA, que é uma denominação conservadora, tem regras claras para ordenação pastoral. Em outra votação, por exemplo, ficou determinado que “o candidato [a cargos pastorais] deve dar testemunho claro de ter confiança em sua união com Cristo e nos benefícios dela pelo Espírito Santo, dependendo desta obra da graça para fazer progresso sobre o pecado” e que “enquanto a imperfeição permanecer, ele não deve ser conhecido por sua reputação ou autoconfissão de acordo com seu pecado remanescente (por exemplo, desejos homossexuais etc.), mas sim pela obra do Espírito Santo em Cristo Jesus”.