Da Redação JM Notícia
O apóstolo Valdemiro Santiago esteve nesta segunda-feira (12) em Luanda, na Angola, conversando com o governador José Cerqueira sobre os projetos sociais que a Igreja Mundial do Poder de Deus tem para aquele estado.
Em entrevista aos jornalistas locais, Santiago destacou o papel da igreja em ajudar o Estado a cuidar das pessoas. “No meu país, nós defendemos que a igreja deve ser um braço do Governo, de maneira que as pessoas possam ser beneficiadas, sempre com a orientação do próprio Governo. Quem está no poder cuida das pessoas”.
Segundo o Jornal de Angola, a denominação fundada por Santiago ainda não foi legalizada, mas as autoridades estão colaborando para que os processos de legalização aconteçam e a igreja possa funcionar levando a Palavra de Deus aos angolanos.
“Temos sido bem recebidos em Angola e surpreende o carinho das autoridades e do povo, isto porque o Governo olha com bons olhos a obra de Deus na igreja, que também está voltada para o povo. Mas se a igreja trouxer malefícios, o Governo seria o primeiro a acabar com ela”, disse o apóstolo.
Governo angolano fechou diversas denominações brasileiras
A Igreja Mundial chegou a juntar milhares de fiéis na Angola, mas em 2015 o governo fechou a igreja por funcionar ilegalmente. A explicação do governo naquele ano era que a denominação “não detém personalidade jurídica à luz da lei angolana, não podendo exercer quaisquer direitos e deveres, nos termos da referida lei”.
O maior motivo para o fechamento das igrejas em Luanda foi a disputa pelo culto mais cheio que aconteceu na virada do ano de 2013 quando a Igreja Mundial e a Igreja Universal do Reino de Deus divulgavam suas vigílias.
Acontece que a vigília da Igreja Universal atraiu o maior número de pessoas que permitia o espaço, causando um tumulto que resultou na morte de 16 pessoas.
Naquela época, seis igrejas evangélicas não reconhecidas pelas autoridades angolanas foram fechadas e impedidas de continuar no país e a Mundial foi uma delas. A Igreja Universal, onde as mortes aconteceram, tem o reconhecimento do Estado, logo não foi impactada pela decisão.