A Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Ouro Preto do Oeste (RO) publicou uma nota de esclarecimento na sexta-feira (6) após um vídeo de participantes dançando músicas seculares em seu templo viralizar nas redes sociais. O fato ocorreu durante uma palestra do Sebrae, realizada na quarta-feira (5), e gerou críticas de fiéis, que consideraram a cena incompatível com os princípios cristãos.
Evento educativo vira alvo de controvérsia
A igreja cedeu seu espaço, como de costume, para a realização de uma palestra promovida pelo Sebrae de Ji-Paraná, intitulada “Fortalecendo Laços na Educação: Construindo um Ambiente Positivo nas Escolas com as Soluções da Educação Empreendedora”. O evento reuniu cerca de 500 professores e profissionais da educação municipal. No entanto, uma dinâmica realizada durante a palestra resultou em danças ao som de músicas seculares, incluindo ritmos como samba, axé e até um trecho de música associada à comunidade LGBTQIA+.
Nota da igreja manifesta repúdio e busca esclarecimentos
Em nota, a diretoria da igreja, liderada pelo pastor presidente José Pocidonio Aparecido da Silva, expressou seu desconforto com o ocorrido. Ele, que está à frente da instituição há 18 anos, destacou que o espaço foi cedido com a intenção de colaborar com as instituições de ensino, mas que o desvio de finalidade do evento não condiz com os padrões bíblicos adotados pela igreja. “Manifestamos nosso repúdio diante do desvio de finalidade do evento, considerando os fins estritamente educacionais para os quais o espaço foi cedido”, afirmou.
Medidas para evitar novos incidentes
A igreja ressaltou que o evento não estava sob sua supervisão direta e que tomará medidas para evitar que situações semelhantes ocorram no futuro. A nota ainda pediu compreensão e orações dos fiéis, reafirmando o compromisso da instituição com os princípios cristãos e sua atuação em prol da comunidade. “Informamos que serão tomadas as medidas cabíveis para que situações como essa não voltem a ocorrer”, concluiu a diretoria.
O episódio gerou debates nas redes sociais, com opiniões divididas entre quem defende a postura da igreja e quem vê o ocorrido como uma reação exagerada.