Da redação JM
A Conferência Episcopal da Venezuela (CEV) anunciou nesta quarta-feira a posição da Igreja Católica em relação ao novo mandato de seis anos que o presidente do país, Nicolás Maduro, assumirá amanhã, considerando-o “ilegítimo”. “A pretensão de iniciar um novo período presidencial em 10 de janeiro de 2019 é ilegítima por sua origem, e abre uma porta para o desconhecimento do governo, porque carece de base democrática na justiça e no direito”, disse a conferência episcopal em comunicado. A Igreja Católica venezuelana diz que o país vive “um regime de fato, sem respeito às garantias previstas na Constituição e aos mais altos princípios de dignidade do povo”.
O texto ressalta ainda que a Assembleia Nacional (AN) “é o único órgão do poder público com legitimidade para exercer soberanamente as suas competências”. A igreja tem relações tensas com o governo venezuelano desde que o movimento chavista chegou ao poder, em 1999, e foi considerada, na gestão de Nicolás Maduro, como um agente político de desestabilização do país.
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