Por 73 anos a igreja Assembleia de Deus do bairro Pinheiro, em Maceió, serviu como espaço para que milhares de pessoas se achegassem a Deus e pudessem cultuar.
Mas por conta das instabilidade no solo decorrente da extração mineral na região, a igreja está inativada e seu último culto aconteceu no domingo (25).
O pastor-presidente Rev. José Orisvaldo Nunes de Lima conta que a igreja do Pinheiro fez parte da sua jornada ministerial e afirma que o fechamento do templo não abalará a fé dos irmãos locais, que já têm procurado outras igrejas para congregar.
“Esta foi a primeira igreja que eu dirigi, ainda nos anos 80. Foi a igreja onde apresentei ao Senhor meu segundo filho, e tenho muito apreço até hoje. Aqui Deus curou, salvou e batizou. O templo será derrubado, mas o que Deus fez aqui continuará vivo no coração de cada crente e se espalhará por vários bairros de Maceió”, disse o presidente.
Segundo a administração da Igreja, a congregação do Pinheiro não será a única a fechar as portas. No total, oito templos da Assembleia de Deus serão desativados em Maceió. São elas: Pinheiro, Mutange, Sub do Mutange, Bebedouro, Sub de Bebedouro, Sub do Pinheiro, Vale Mundaú e Jardim das Acácias.
Entenda
A extração de sal-gema executada pela empresa Braskem causou a instabilidade do solo dos bairros Pinheiro, Farol, Bebedouro, Mutange e Bom Parto.
Em 2018 a região registrou um tremor de terra e fez com que os moradores desses bairros tivessem que abandonar suas casas.
Ainda hoje é disputas judiciais para que a mineradora indenize mais de 8 mil famílias que perderam suas propriedades.