Da redação JM
O governo do presidente da República, Jair Bolsonaro, abandonou apoio à Palestina na ONU ao votar a favor de Israel pela primeira vez no Conselho de Direitos Humanos.
Faltando uma semana para visita de Bolsonaro à cidade de Tel Aviv, o Itamaraty deu demonstração de apoio a Netanyahu e votou contra resoluções que condenavam Israel.
Uma das resoluções rejeitadas pelo Brasil pedia justiça diante de supostas violações e crimes por parte de Israel em conflitos registrados em 2018 em Gaza.
Brasil também votou contra uma resolução favorável ao regime da Síria e que condena Israel por violações aos direitos humanos em sua “ocupação” das Colinas de Golã. O território foi anexado por Israel após ser atacado simultaneamente por três países durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967.
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A decisão representa uma ruptura em relação à posição histórica da diplomacia do Brasil na região, que alternava entre um apoio explícito aos palestinos ou, no mínimo, uma abstenção.
Segundo o UOL, desde 2006, 29 resoluções contra Israel foram colocadas à votação no Conselho de Direitos Humanos da ONU. Os diferentes presidentes do Brasil – Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer – votaram a favor de todas elas.
Em fevereiro, o embaixador de Israel na ONU acusou o Conselho de Direitos Humanos da organização de “estar cego pelo ódio com Israel” e de apoiar um grupo “terrorista assassino”