Lula desapontou os evangélicos ao deixar de lado pautas conservadoras importantes, como o Estatuto do Nascituro, que restringe o aborto mesmo nos casos permitidos por lei, o Estatuto da Família, a Lei Geral das Religiões, a regulamentação do homeschooling e o fim da retenção na fonte de imposto de renda de doações feitas às igrejas. Embora tenha assinado uma carta durante a campanha pedindo apoio dos evangélicos, o governo Lula não deu a devida atenção a essas demandas ao longo do ano passado, conforme destacado pelo jornal O Globo e repercutido por outras veículos da grande mídia.
Apesar de duas tentativas frustradas de aproximação por parte do Planalto, incluindo a solicitação ao senadora Eliziane Gama para elaborar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para ampliar a isenção tributária, as negociações não avançaram. Houve até especulações sobre a criação de uma subsecretaria para mediar o diálogo com os evangélicos, mas as conversas foram interrompidas.
Durante a campanha, Lula tentou atrair o eleitorado evangélico, divulgando uma carta que reafirmava seu apoio a esse público e prometendo respaldar algumas bandeiras da bancada cristã no Congresso Nacional. No entanto, as promessas não se concretizaram, e a participação dos evangélicos em conselhos cristãos no governo nunca saiu do papel. Em resumo, sem surpresa para ninguém, Lula deixou os evangélicos na mão.