Da redação
O projeto de lei apresentado pelo Governo do Tocantins para alterar a estrutura das delegacias especializadas no estado voltou a ser discutido nesta segunda-feira (17) na Assembleia Legislativa. O tema foi votado e aprovado em sessão extraordinária pelos deputados na semana passada, mas voltou a ser debatido após ser questionado por parte da Polícia Civil.
Entre as medidas, está a extinção da Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (Dracma), que investiga casos de corrupção. Pelo texto, ela seria substituída por uma ‘Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado’. O comando desta diretoria seria indicado diretamente pelo governador Mauro Carlesse (PHS) e não precisaria ser um delegado de carreira a ocupar o cargo.
“A nossa preocupação é: quem será o diretor? Será vinculado à pasta? Será um delegado de polícia? Ela vai ter continuidade? Ela vai ser melhor aparelhada?” disse o vice-presidente do sindicato que representa os policiais, Ibanez Ayres.
O Secretário de Segurança Pública, Cristiano Sampaio, não participou da discussão. Também não esteve presente o presidente da AL, Antônio Andrade (PHS). Ele foi indiciado por suspeita de ter funcionários fantasmas no próprio gabinete nesta segunda-feira (17). Na semana passada ele e o filho já tinham sido interrogados dentro da Operação Catarse, da Polícia Civil.
A SSP disse que a medida é para reduzir os índices de criminalidade e modernizar a gestão. “A gente tem um programa de modernização no âmbito do plano estadual de Segurança Pública que é refletido para todas as instituições. Então eventuais ajustes. E aí sempre pela premissa de uma gestão por evidências do uso de insumos científicos e técnicos. As gestões estão habilitadas para fazer e qualificar as suas alterações”, afirma Mariana Rodrigues.
O novo plano de segurança pública deve ser apresentado no próximo dia 25 de junho. As propostas terão duração de 10 anos.
Representantes de outras forças de segurança também participaram do evento. A SSP disse que o secretário Cristiano Sampaio participou apenas da abertura e que não estava prevista a participação dele no debate. O presidente da AL, Antônio Andrade, não foi localizado para comentar a ausência.
(Com G1 TO)