Da Redação JM Notícia
O governo comunista chinês não poupa esforços para impedir o avanço da igreja no país. Em menos de um mês, as autoridades já demoliram duas igrejas na província de Shanxi aumentando o medo dos religiosos de uma possível onda de perseguição.
A demolição mais recente foi aconteceu na cidade de Linfen, um imenso tempo evangélico teve sua estrutura destruída pelas forças da Polícia Armada do Povo que usaram dinamite e escavadeiras contra o prédio da Golden Lampstand.
O caso aconteceu nesta quarta-feira (10) e, enquanto as autoridades negam a demolição do templo, fotos da igreja caindo estão sendo distribuídas por todo o mundo através da ONG cristã ChinaAid, com base nos Estados Unidos, mas que acompanha a onda de perseguição religiosa na China.
A igreja Golden Lampstand tem cerca de 50 mil fiéis e, por conta de seu tamanho, é alvo frequente de ações repressoras por parte do governo. Em 2009, por exemplo, centenas de policiais invadiram a igreja e apreenderam bíblias, prenderam líderes e os condenaram a penas duras e severas.
O Partido Comunista precisa autorizar o funcionamento de uma igreja, proibindo qualquer instituição de ser controlada por líderes de outros países. Até mesmo a Igreja Católica é fiscalizada e não pode receber ordens ou diretrizes do Vaticano.
Muitas igrejas têm a aprovação de funcionamento negadas e passam a agir de forma “ilegal”, gerando a ira do governo que não mede esforços para proibir o avanço do cristianismo, a religião que mais conquista fiéis na China.
Em 2013 as autoridades chinesas fizeram uma megaoperação contra cruzes e outros símbolos cristãos em templos. Em 2015 mais de 1,2 mil cruzes foram removidas da província de Zhejiang. No ano passado, o governo exigiu a retirada de imagens de Jesus e cruzes da sala das pessoas mais pobres, exigindo que no lugar fosse colocado a foto do presidente do país, Xi Jinping. A ideia era mostrar que o suprimento dessas famílias vinha do governo e não de Jesus.
Para alguns líderes religiosos, a demolição da Golden Lampstand pode se estender para outras grandes igrejas que perderam ou não receberam a autorização do governo para funcionar.