O programa global Profissão Repórter desta quinta-feira, 27, mostrou áreas em conflito entre indígenas e fazendeiros em alguns estados do Brasil. Os municípios de Tabatinga, no Amazonas, e de Dourados, no Mato Grosso do Sul, configuram duas áreas indígenas que fazem parte das fronteiras do Brasil e registram tensões, carências e polêmicas. O ‘Profissão Repórter foi às duas cidades e mostrou os conflitos existentes.
Acusação grave
No Amazonas, a repórter Mayara Teixeira, cobriu a realidade de uma comunidade Ticuna, que, em 2008, criou uma guarda voluntária com o objetivo de combater o consumo de álcool nas aldeias. Com a autorização do cacique, a repórter acompanhou as rondas noturnas e o dia a dia dos voluntários, que contabilizam 45 guardas indígenas. O consumo de álcool aumenta o índice de violência e suicídio na comunidade, por isso, é proibido em áreas indígenas, independentemente da idade.
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A ronda tenta evitar a venda de bebidas alcóolicas e drogas, o que é proibido em reservas indígenas. Um dos problemas revelados pela equipe do Profissão Repórter é que essa guarda indígena entra na casa das pessoas baseadas nas próprias suspeitas, sem autorização. Em uma das rondas, um morador foi abordado apenas por ser homossexual.
A guarda indígena foi à casa desse indígena homossexual a fim de coibir uma suposta falta de ordem, porém a repórter logo tratou de mostrar que aquilo era um preconceito que tinha como origem as igrejas cristãs.
Durante o programa o jornalista Caco Barcelos questiona a ação, a repórter responde:
“Nessa casa a gente percebeu que eles só foram porque ele era homossexual.” e sem ser questionada, emendou: “Na verdade, o que a gente percebeu é que isso é uma influência da cidade na cultura indígena.”
“Tem uma grande entrada de igrejas lá dentro” disparou a repórter tentando incriminar as igrejas pelo preconceito vivenciado dentro daquela tribo.
Questionada se poderia provar essa afirmação, ela tangenciou: “Não é uma coisa que a gente conseguiu mostrar em imagem, não participamos de nenhum culto naquele momento”.
O programa ainda criticou a guarda que zela pela segurança da tribo e forçou querer chamá-la de milícia.
Confira o vídeo abaixo, a partir do minuto 17: