O gestor público e jornalista cristão Ricardo Costa declarou ser favorável à reabertura reabertura de templos na capital para a realização de cultos dentro das normas estabelecidas pelas entidades de saúde, visando a segurança dos fieis e o cuidado para a não proliferação do novo coronavírus. O posicionamento do gestor faz coro a outros pedidos, como do deputado Eli Borges e de um grupo de líderes religiosos que ingressou na justiça para que esta demanda fosse atendida pela gestão Cinthia Ribeiro.
+ Decreto de isolamento de Palmas fere a liberdade religiosa, diz Associação Nacional de Juristas
“Essencial para o momento”
Ricardo JM disse que a situação vivida pelos palmenses e a sociedade em geral demanda que as pessoas possam ter um local como as igrejas e templos onde encontrem refúgio e alívio para enfrentar todo o medo e pânico causado pela pandemia.
+ Jornalista defende reabertura gradual das igrejas em Araguaína: “reabrir com responsabilidade”
“Pesquisas indicam o perigo do isolamento prolongado para as pessoas e sua saúde mental. Sem as atividades presenciais nas igrejas, muitos ficam desamparados e este é um problema que o Governo não atenderá, só as igrejas, pois já o fazem de maneira corriqueira e eficiente“, defendeu o jornalista.
“A Igreja é um lugar de refúgio para muitos que estão com medo e preocupados com os cenários provocados pela pandemia. Entendemos que a fé, com todos seus efeitos, é uma poderosa arma na luta contra essas angústias. Por isso, neste momento aflito, é essencial que os templos, guardadas as devidas medidas de prevenção, estejam de portas abertas para receber os abatidos e acolher os desesperados“, ressaltou Costa.
Apóstolo pede posição
Além do gestor Ricardo JM, quem também pediu uma posição da prefeitura em favor das igrejas foi o apóstolo e líder do Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Tocantins (CIMETO), apóstolo Sérgio Paulo.
Omissão Estatal causando pânico
Ele criticou a omissão da prefeita ao incluir o comércio varejista, concessionárias, lojas de departamentos, parques e praças no plano de reabertura apresentado pela prefeitura da capital no final de maio, mas não ter incluído a igreja e nem explicar o porquê de tal decisão. A prefeitura anunciou que a reabertura terá duas fases. A primeira deve ocorrer no dia 8 de junho e a segunda, no dia 15, quando voltarão a funcionar shoppings, com exceção da área de entretenimento, restaurantes (à la carte e self-service), academias e escolas de natação e esportistas.
“Quando a prefeita fala de todos os outros segmentos. Bares podem abrir, restaurantes, praças públicas, mas quanto à igreja a prefeita se furta do dever de declarar o porquê!. Porque quando o Estado não faz o deve fazer causa pânico e medo na população“, criticou.
Ele explica que o segmento não quer descumprir regras, quer tão somente entender qual o posicionamento da prefeitura que se furtou em explicar às igrejas essa incoerência.
O pastor ressalta também a essencialidade das atividades prestadas pelas igrejas. “A OMS declara que o homem para ser completo, ele tem que ser completo em seu espírito alma e corpo. Já está declarado que a igreja é de atividade essencial“.
+ Cínthia Ribeiro rebate críticas e diz que é ‘vírus quem está fechando igrejas, não gestores’
O apóstolo ainda enfatizou que a Igreja tem prestando um grande trabalho durante esta pandemia em todos os lugares, ela não tem parado de atuar em prol do bem do próximo, mas necessita de que os templos possam ser reabertos para que suas atividades sejam ainda mais abrangentes.
“A igreja não para. Porém nós precisamos que tudo seja regulamentado e seja rápido para que nós saibamos o que fazer e que tenhamos direção, para não causar insegurança“, concluiu.