Inaugurado em 2005, o galpão do Gipão, como é comumente conhecido, foi cenário de inúmeras alegrias e tristezas. Festas tradicionais como de aniversário, casamento, formatura e até velórios. Tudo ofertado gratuitamente à população que precisa.
Aldair Costa Sousa (Gipão), nos revela que a ideia de construir um espaço para a realização de eventos surgiu a partir da demanda da própria comunidade.
“Assim que fui eleito, já no meu primeiro mandato de vereador, eu era frequentemente procurado por pessoas que buscavam a minha ajuda para conseguir um espaço para a realização de comemorações em família. O problema é que eles não tinham dinheiro o suficiente para locar um ambiente adequado. Então, eu tinha que recorrer aos órgãos públicos e na maioria das vezes, os espaços públicos já estavam agendados para outros eventos. Foi aí, que Pensei: vou construir um espaço para atender o povo.
Com a inauguração do galpão, me senti um homem realizado. Apesar de ser um espaço simples, eu tinha total conhecimento do significado que teria na vida das pessoas que utilizariam o espaço”, declarou o líder.
E já a partir de então, além do ambiente, os usuários podiam contar com água, energia, freezer, cadeiras e tampões a custo zero.
A comerciante Deusdade Sousa Silva disse que a primeira vez em que utilizou o espaço de eventos foi para a comemoração do aniversário de 100 anos de sua avó, dona Maria José. Ocasião em que Deusdade lembra com muita satisfação e agradece a iniciativa do então vereador Gipão.
“Esse espaço foi construído há 16 anos e tem servido muito a nossa comunidade. Eu fui a primeira moradora a utilizar esse espaço, na época minha vozinha fez 100 anos e nós usamos o galpão para a confraternização. É muito importante um parlamentar pensar no bem estar da sociedade, até porque essas comemorações em família colaboram para cultivar a união entre as pessoas. E essa, sempre foi uma preocupação do Gipão. Somos muito gratos a ele”, agradeceu.
Durante todo esse tempo, uma das coisas que mais chamou a atenção das pessoas foi a facilidade para conseguir ter o seu evento inserido na agenda do Galpão. Apenas duas coisas são exigidas: som ambiente, por se tratar da localização em área residencial, e agendamento prévio. Exatamente por esse motivo o local teve sua agenda disputada também por aproveitadores, que conseguiam a estrutura de graça e alugavam para outras pessoas.
“Mas assim, que descobrimos o que estava ocorrendo, essas pessoas foram proibidas, eu não podia permitir que continuassem . O local foi construído com o propósito de ajudar as pessoas e não de obter lucro com locação”, explicou Aldair.
Gipão também destaca outra situação, mas desta vez uma história comovente. Ele conta que certa vez recebeu a ligação de uma mulher que havia acabado de perder a mãe em um acidente. A mesma já havia usado o local para comemorações repletas de alegria. Mas nesse dia foi diferente.
“Ela me disse com voz trêmula: ‘O senhor deixa eu velar a minha mãe no seu espaço que foi feito para festas? A minha mãe faleceu e a minha casa é pequena para os que familiares e amigos possam se despedir dela’. Eu respondi: Sim, o espaço foi construído para atender a comunidade. A bíblia relata que Deus se alegra na morte dos justos. Eu conheço sua família, a sua mãe é uma mulher justa você está chorando, mas os céus está em festa para receber a sua querida mamãe. Isso me marcou muito.”
Este ano, o galpão completa 16 anos, servindo a comunidade araguainense. Antes da pandemia, em média 12 eventos eram realizados por mês. E ao longo de todos esses anos, a comunidade continua dispondo da mesma estrutura.