Da Redação JM Notícia
Começa nesta quinta-feira (14) a Copa do Mundo, a maior competição mundial de futebol. Pensando nisso, resolvemos listar dois posicionamentos diferentes de pastores sobre a relação entre evangélicos e o futebol.
Para o pastor Maurício Cerqueira, o futebol é satânico e é uma forma utilizada pelo diabo para levar mais pessoas para o inferno. “Deus abomina o futebol e seus adoradores… fãs… torcedores… fanatismo… todos no caminho do inferno”, disse o pastor em uma postagem em seu blog postada em 2013. Citando versículos como Jeremias 17:9-10; Deuteronômio 32:39 e Amós 3:6-7, o pastor tem provar que Deus não se agrada do futebol e ainda lista vídeos que ligam o esporte com a maçonaria e os “illuminatis”.
Cerqueira critica não apenas o esporte em si, mas a idolatria aos times, aos jogadores e ao ódio causado nos rivais. “Quantos ‘pastores’ amantes do futebol… Quantos que se diziam crentes e já ardem no inferno sem ter mais como se arrepender… Jogador, ídolo do mundo… Adorado, idolatrado e ao mesmo tempo odiado por rivais, feiticeiros de mente e bruxos que são a totalidade dos torcedores e fanáticos”. Leia aqui.
A Igreja da Fé Apostólica, com sede em Cubatão (SP), também condena o futebol por afirmar que “A santidade cristã faz do homem um ‘filho de paz'”, logo, o futebol não é compatível com o cristianismo por conta da violência. “Desde seus primórdios a violência está engatada ao futebol. Não são somente fatos recentes que comprovam isso, mas as modalidades que deram origem ao atual futebol já procediam violentamente”, diz um texto publicado no site da igreja.
“Logo, à luz da Bíblia, não há harmonia, em hipótese alguma, entre a fé cristã e o futebol. Todas as violências, brigas, desavenças, contendas, xingações, mortes, etc., presentes nos jogos de futebol, são contrárias à vontade de Jesus”, diz o texto após citar várias passagens bíblicas.
A Bíblia não condena a diversão, diz pastor
Ao ser questionado se gostar de futebol é pecado, o pastor Antônio Júnior escreveu um artigo explicando que a Bíblia não condena a diversão, mas faz diversos alertas sobre a ira e sobre a idolatria.
“O futebol é um jogo muito divertido, faz bem para a saúde e nos ensina a trabalhar em equipe. E a Bíblia não condena a diversão, por isso nós podemos jogar bola e até mesmo assistir a uma partida de futebol na televisão ou no estádio, desde que isso não atrapalhe a nossa comunhão com Deus”, escreve.
O pastor diz ainda que muitas vezes o futebol acaba mostrando a verdadeira face do cristão, que diante da euforia do jogo acabam xingando, brincando e machucando seus companheiros (em palavras ou até mesmo durante o jogo).
“Dentro do campo de futebol, muitos cristãos revelam quem realmente eles são e começam a xingar, brigar e até machucam seus companheiros porque não conseguem controlar a raiva. Outros são tão fanáticos ao torcer pelo time que acabam humilhando as pessoas ao fazer piadas de mau gosto. Ao invés de darem um bom testemunho para seus amigos que não são crentes, acabam afastando-os de querer conhecer a Deus, porque não vivem o que pregam.”
Outra fala do pastor é para quem não consegue se controlar e acaba sendo dominado por coisas. Essas pessoas, então, deveriam se afastar do futebol. “Conheço também pessoas que sofrem muito quando seu time perde, e quando ganha, ficam muito eufóricas. Elas são tão apaixonadas por futebol que ele domina a sua mente, seus sentimentos e a sua vontade. Porém, o apóstolo Paulo disse que existem certas coisas que não são pecaminosas em si mesmas, mas que podem nos dominar, e por isso devemos ficar longe delas, pois se tornam um embaraço em nossas vidas.”
Em ano de Copa, o pastor entende que é gostoso torcer para a seleção, mas alerta que os cristãos devem agir da forma correta. “Nós estamos em ano de Copa do Mundo e é muito gostoso torcer pela Seleção. Basta agirmos da maneira correta e Deus se agradará de nós. Se você discorda de tudo o que eu falei, tome cuidado para não ser uma pessoa radical, legalista, que proíbe tudo (Leia Colossenses 2:20-23). Nós temos o direito de nos divertir e Deus gosta de nos ver felizes, desde que o futebol não atrapalhe a nossa comunhão com Ele.”