Da Redação JM Notícia
Trabalhadores dos Correios de todo o país entram em greve nesta segunda-feira (12) para reivindicar alguns direitos trabalhistas. A paralisação foi aprovada em assembleia no dia 1º de março. Entre os motivos apontados está a sobrecarga de trabalho por falta de funcionários.
Outro motivo apontado é motivo da é evitar mudanças no plano de saúde dos funcionários, que envolvem a cobrança de mensalidades do titular e de dependentes.
A greve servirá também de protesto contra as alterações no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), a terceirização na área de tratamento, a privatização da empresa, suspensão das férias dos trabalhadores, extinção do diferencial de mercado e a redução do salário da área administrativa. A categoria defende ainda a contratação de novos funcionários via concurso público e o fim dos planos de demissão.
Nota dos Correios sobre a greve
A empresa emitiu uma nota condenando a decisão dos trabalhadores, dizendo que a greve é direito dos funcionários, porém agrava a crise da instituição.
Leia na íntegra:
A greve é um direito do trabalhador. No entanto, um movimento dessa natureza, neste momento, serve apenas para agravar ainda mais a situação delicada pela qual passam os Correios e afeta não apenas a empresa, mas também os próprios empregados. Esclarecemos à sociedade que o plano de saúde, principal pauta da paralisação anunciada para a próxima segunda-feira (12) pelos trabalhadores, foi discutido exaustivamente com as representações dos trabalhadores, tanto no âmbito administrativo quanto em mediação pelo Tribunal Superior do Trabalho. Após diversas tentativas de acordo sem sucesso, a forma de custeio do plano de saúde dos Correios segue, agora, para julgamento pelo TST. A empresa aguarda uma decisão conclusiva por parte daquele tribunal para tomar as medidas necessárias, mas ressalta que já não consegue sustentar as condições do plano, concedidas no auge do monopólio, quando os Correios tinham capacidade financeira para arcar com esses custos.