Da Redação JM Notícia
A Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, formada por pastores de esquerda, lançou um manifesto contra o chamado voto de “cabresto”, que seria a indicação política de pastores aos membros de sua igreja.
O texto condena os líderes religiosos que estão indicando candidatos da direita política, por isso eles alertam: “Pastores não devem estimular o fascismo, a intolerância, o ódio e nenhuma forma de opressão”.
Mostrando interesse pelo lado esquerdo do espectro político, a frente, que já declarou ser contrária à Bancada Evangélica, incentiva seus seguidores a botar em políticos comprometidos com os direitos trabalhistas, com a distribuição de terra, de moradia, com a defesa do ECA, com os Direitos Humanos e com a igualdade de gênero.
Leia na íntegra:
A Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito repudia o voto de cajado: pastores não devem usar o púlpito para orientar o voto dos seus membros. Pastores não devem, de forma alguma, fazer campanha eleitoral durante a celebração dos cultos – corrompendo a mensagem central do Evangelho, de anunciar o Cristo que se fez justiça para a redenção da humanidade.
Pastores não devem estimular o fascismo,a intolerância, o ódio e nenhuma forma de opressão. Como seguidores de Cristo, estamos comprometidos com o restabelecimento da democracia brasileira, e que o processo eleitoral nos garanta parlamentares e governantes empenhados na construção de um país mais justo e igual, com oportunidades.
Ao escolher seus candidatos considere se ele ou ela está comprometido coma recuperação dos direitos dos trabalhadores, com a educação pública e gratuita, com a manutenção e recuperação do Sistema Único de Saúde, com a distribuição de terra e moradia, com a defesa da soberania nacional, com a defesa do Estatuto da Criança e do Adolescente, com investimento em saúde, educação e infraestrutura, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, com a igualdade de gênero, com o combate à desigualdade, com a reforma tributária, com a democratização dos meios de comunicação, com a manutenção do sistema previdenciário, com o combate às violências, com a desmilitarização da polícia.