Da Redação JM Notícia
Através de uma auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU) foi possível identificar 345.906 cadastros do programa Bolsa Família com indícios de fraude. Famílias que estavam cadastradas e recebiam valores mensais, sendo que possuíam renda acima da permitida no programa.
Para se ter direito ao benefício, as famílias não podem ter rendimentos mensais acima de R$ 170, e pela auditoria foi possível encontrar famílias com renda maior que R$ 1,9 mil por pessoa que estavam cadastradas como beneficiários do programa.
As fraudes custaram R$ 1,3 bilhão aos cofres públicos, valores que foram gastos com pessoas que não tinham direito de receber o benefício destinado às famílias de baixa renda do Brasil, garantindo direitos essenciais como alimentação, saúde e educação.
O secretário federal de controle interno da CGU, Antônio Carlos Leonel, declarou que as pessoas que receberam esses valores ilegalmente serão procuradas e responsabilizadas. “Não é aquele indivíduo que aumentou a renda, conseguiu emprego, melhorou que a gente vai atrás. O que nos preocupa é aquele caso da pessoa que já entrou errada, tem um padrão de vida excelente, que está fraudando o programa de fato”, declarou.
Os Estados com mais casos de fraudes são: São Paulo, com 58.725 casos; Bahia, com 39.759 irregularidades; Rio de Janeiro, com 29.599; e Pernambuco, com 26.839.
4,7 milhão de cadastros revisados
Entre outubro de 2016 e dezembro de 2017 o governo federal já promoveu a revisão dos benefícios em 4,7 milhões de cadastros irregulares. O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) é o órgão responsável por analisar os cadastros e a CGU já informou os cadastros suspeitos.