Da redação
Um encontro de várias entidades federais, estaduais, municipal e organizações civis ocorrida na tarde desta quarta-feira, 20, no Ministério Público Federal (MPF) dirigida pelo procurador Álvaro Manzano, teve o objetivo de mobilizar uma força tarefa em prol das setes famílias de indígenas venezuelanas refugiadas em Palmas.
Pelo levantamento da Prefeitura já são cerca de 50 imigrantes indígenas venezuelanos que buscam em Palmas o refúgio da crise política e econômica na Venezuela. A secretária municipal de Desenvolvimento Social, Valquíria Rezende, destaca que o trabalho de abordagem e ajuda é complexo, por ser tratar de refugiados indígenas, que têm referências muito diferentes da realidade brasileira.
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“As providências estão sendo tomadas. A preocupação da Prefeitura é quanto ao respeito a etnia, por isso, esse serviço de abordagem deve ser cauteloso na condução de resultados”, ponderou a secretária.
A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) também iniciou os trabalhos de imunização dos indígenas imigrantes, entretanto tem tido resistência, pois alguns não aceitam ser vacinados. Valquíria lembra ainda que, esses refugiados têm direitos e deveres, e dentre os deveres é serem vacinados e respeitar as leis brasileiras especialmente com relação ao zelo pelas crianças.
A situação se complica, uma vez que os refugiados pouco dominam a língua portuguesa, não possuem cartão de vacinação e documentos das crianças. O representante dos povos indígenas, falou que eles já passaram por vários Estados do Brasil, como Amazonas, Pará, Maranhão e Goiás, e até o momento não conseguiram se estabelecer, e pedem condições para poderem trabalhar e colocar suas crianças nas escolas.
A Defensoria Pública Federal se comprometeu em ajudá-los quanto à documentação de imigração. E uma reunião ficou agendada para a próxima sexta-feira, 22, às 9 horas, no auditório do Ministério Público Federal (MPF) para que as instituições possam apresentar as estratégias de ações aos indígenas venezuelanos refugiados em Palmas.