Da redação
A deputada Flordelis, viúva do pastor Anderson do Carmo, afirmou nesta quarta-feira (19) querer “justiça pela morte do marido”. “Seja quem for”, emendou, na porta da Delegacia de Homicídios (DH) de Niterói.
A especializada investiga o assassinato do marido, ocorrido no último domingo (16). Flordelis explicou que foi à DH visitar o filho Flávio dos Santos, que está preso, mas saiu sem vê-lo.
Ao chegar, por volta do meio-dia, Flordelis não quis falar com a imprensa – disse que veio apenas “ver como estão as coisas”. Ela deixou a unidade pouco antes das 12h30.
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Arma do crime
Nesta terça-feira (18), a Polícia Civil fez buscas na casa da deputada, em Pendotiba, Niterói, na Região Metropolitana, e encontrou uma arma escondida. A perícia afirmou nesta quarta que a pistola foi de fato usada no crime.
Flordelis afirmou que não sabia da arma.
A operação que encontrou a pistola tinha como objetivo cumprir um mandado de busca e apreensão na casa do casal, local onde Anderson foi assassinado.
A pistola estava enrolada em cima de um armário, no quarto onde Flávio dos Santos, filho biológico da parlamentar, dormia.
Segundo a Polícia Civil, o suspeito tem uma carteira de um clube de tiro. Flávio tentava obter o certificado de atirador desportivo.
A operação desta terça-feira demorou cerca de cinco horas. Por volta das 19h, dois filhos do pastor e da deputada foram trazidos para a delegacia, a fim de prestar depoimento.
Segundo os investigadores da especializada, um dos principais objetivos da operação era encontrar o telefone de Anderson. O aparelho, entretanto, não foi achado. Outros celulares acabaram sendo levados para a delegacia.
Filhos são suspeitos
Uma das linhas de investigação da polícia coloca dois dos 55 filhos do casal como suspeitos do crime. Eles teriam descoberto um relacionamento extraconjungal do pai.
Lucas dos Santos, de 18 anos, cumpre pena em uma unidade sócio educativa para menores infratores. Quando era menor ele se envolveu com tráfico de drogas.
Flávio dos Santos, filho biológico de Flordelis, tinha um mandado de prisão pendente por violência doméstica. Ele foi preso no enterro nesta segunda e ainda está na Delegacia de Homicídios. Na manhã desta terça, ele passou mal, com dor de cabeça e pressão alta, e precisou ser atendido por uma equipe médica.
Também nesta terça, a polícia pediu a quebra do sigilo telefônico dos dois suspeitos. Os trabalhos são acompanhados por um promotor do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado.
(Com G1)