Finlandeses são presos por evangelizarem na Malásia

Clame a Deus para quebrantar os corações das autoridades e, assim, possam agir com justiça e misericórdia tanto no caso destes quatro cristãos como no de tantos outros. Foto: Reprodução

Quatro cidadãos finlandeses foram presos pela polícia na Malásia no último dia 20, por supostamente distribuir panfletos cristãos, informou a agência de notícias AsiaNews.

Os quatro, dois homens e duas mulheres com idade entre 27 e 60 anos, foram presos no hotel onde se hospedavam em Langkawi, um conhecido destino turístico, sob a acusação de “perturbar a harmonia religiosa”. Se forem considerados culpados, podem receber uma sentença de cinco anos de prisão.

O chefe da Polícia Distrital, Mohamad Iqbal Ibrahim, disse à imprensa que as prisões foram feitas após reclamações da comunidade. Desde a chegada dos finlandeses, em 18 de novembro, pelo menos três denúncias sobre suas atividades foram recebidas, disse ele, de acordo com a Free Malaysia Today. O site noticiou que durante as prisões a polícia também confiscou 47 canetas e 336 livretos cristãos.

Os quatro cristãos permanecem em custódia, aguardando investigações, informou Ibrahim.

Este é o terceiro incidente desse tipo nas últimas semanas, disse uma fonte local ao World Watch Monitor. Pouco antes, cinco nigerianos e seis moradores também foram presos por atividades similares em outros locais, disse a fonte.

Alerta: 327 milhões de cristãos vivem em países onde há perseguição religiosa

A conversão ao cristianismo na Malásia, país de maioria muçulmana, é contra a lei em quase todos os estados, assim como o evangelismo entre os muçulmanos malaios.

Raymond Koh, um pastor da Malásia que recebeu ameaças de morte por proselitismo, foi sequestrado em fevereiro de 2017 e continua desaparecido. Leia sobre o caso.

O novo governo, no poder desde maio, prometeu assinar a Declaração da ONU sobre a Eliminação de Todas as Formas de Intolerância e Discriminação Baseada na Religião ou Crença, mas grupos muçulmanos ultraconservadores se opõem fortemente a isso, pois temem que isso encoraje a apostasia e o proselitismo de muçulmanos.

A fonte do World Watch Monitor acrescentou que muitos na Malásia têm esperança de que o novo governo trará mudanças e justiça para todos e que tal evangelismo público poderia comprometer os esforços do governo.

Com informações Portas Abertas