Da Redação JM Notícia
Nesta segunda-feira (12) trecho da Avenida Paulista, em São Paulo, foi tomado por milhares de mulheres que protestavam contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 181/2015 que tenta determinar que a vida começa na concepção.
O projeto tratava inicialmente em ampliar de 120 para 240 dias de licença-maternidade para mães de bebês prematuros, mas durante a comissão especial da Câmara dos Deputados, o relator, deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP), acrescentou um trecho que para muitos pode proibir todos os tipos de aborto, inclusive os considerados legais pela lei brasileira.
Chamada de “cavalo de Tróia” pelos movimentos feministas, a PEC aprovada com 18 votos contra 1, tem gerado protestos em outras cidades brasileiras como no Rio de Janeiro, Brasília, Macapá, Belo Horizonte e outras cidades.
Em São Paulo os grupos feministas se uniram pelas redes sociais e se encontraram no vão do Masp, seguindo em passeata até a Consolação, prejudicando o trânsito local. Com faixas, as manifestantes pediam o direito ao aborto legal, reclamavam da bancada evangélica da Câmara e criticavam as igrejas por tentarem legislar sobre o tema.
Até mesmo um grupo de católicas pró-aborto participou do evento com uma faixa que dizia: “Até Maria foi consultada para ser mãe de Deus – Católicas na luta pelo aborto legal e seguro”.