Por Raquel Elana
Gritos de “linduuu”, “eu te amuu”, choros, palmas e emoções… Assim a plateia aguardava a entrada do cantor.
Foi-se o tempo, para longe ficou, quando íamos a encontros de adoração, quando os acampamentos não precisavam de “celebridades” para serem “especiais” e quando em nossas conferências as personagens principais eram as Escrituras e a comunhão.
Foi-se o tempo, para longe ficou, quando não existiam “shows para glória de deus”, e onde promoters ou não, não cobravam cachês para os eventos abertos ou fechados, pois havia temor na adoração.
Foi-se o tempo, para longe ficou, quando momentos de adoração não eram encontros para trocas de carícias e carências entre as partes envolvidas.
Foi-se o tempo, para longe ficou, quando só as vozes e os corações eram necessários para a adoração.
Foi-se o tempo, para longe ficou, quando os eventos (até os chamados “missionários”) para ter público, não precisavam de celebridades ou artistas Gospel pois a atração principal era Jesus e o povo vinha por causa d’Ele.
Foi-se o tempo, para longe ficou, onde o lugar da adoração não era encharcado de vendilhões de camisetas, livros, cd’s, bonés, dvd’s, canetas, tiaras, pulseiras e tudo o mais que a ganância do mercado puder imaginar para “manter o ministério”.
Foi-se o tempo, para longe ficou, onde ministérios de cantores não eram cercados de “respostas” diplomáticas para que a “imagem” do cantor ou cantora fosse preservada.
Foi-se o tempo, para longe ficou, onde imagem não era prioridade, assim como foi com Jesus de Nazaré.
Este tempo já passou…
Os Fãs Clubes Gospel
Eles são milhares. Estão em todo o lugar. Oficiais ou não. Brigam entre si. Nas redes sociais, do twitter ao facebook, compartilham a obsessão pelas celebridades. Assim como fãs de telenovelas e galãs globais, eles também colecionam fatos e fotos dos seus ídolos no quarto e em álbuns particulares. Os tickets dos shows tornam-se amuletos de memória para sempre guardados em seus corações.
Por amor as celebridades são capazes de fazer pequenas e grandes loucuras, inclusive mentir. Podem tornar-se agressivos na defesa de seus adorados. Não conseguem perceber que o poder que atua no cantor está na Palavra cantada e na misericórdia de Deus que usa quem quer na hora que quer.
O pior é que o espírito que neles está, é o mesmo que está no mundo: idolatria. Graças a Deus muitos conseguem se libertar e crescer desta fase. Outros vão crescer para fora, para sentimentos piores.
Aos fãs com carinho…
Se você é um fã ou um fanático, abra seu coração para ser liberto e crescer na graça do Evangelho do Nosso Senhor Jesus Cristo. É tempo de crescer…crescer para o Evangelho.
Raquel Elana é formada em Teologia, Pós Graduação em Jornalismo Político/ (Jornalista – MTb 15.280/MG) e Ministérios Criativos pelo IBIOL de Londres, é autora de 3 livros