Por Francisco Viera – Vierinha
As expectativas sucessórias para os candidatos à reeleição e para os aspirantes a cargos políticos andam a mil. Como estamos na semana santa, muitos destes candidatos deveriam fazer uma reflexão e analisar suas intenções. Poderiam eles se perguntar: Será que eu que estou buscando me eleger para mudar o quadro atual, ou será que minhas motivações não são tão santas assim? Com a divulgação bombástica da lista de nomes envolvidos no escândalo da Odebrecht, o país e o nosso estado estão chocados. O mar não está para peixes, e muitos terão poucas possibilidades de recuperação de suas imagens perante a opinião publica. Com um escândalo após outro, e ainda com uma pauta de assuntos impopulares sendo votados nos parlamentos, será difícil convencer a população a votar em muitos dos nomes que estão postos. O que se ouve todo dia é que querem cortar o leite da merenda escolar, a aposentadoria dos velhinhos ou aplicar uma nova rodada de cortes em cima dos direitos dos mais fracos. Aliado a isso temos aumento generalizado da insatisfação da opinião pública. Temos que considerar ainda que o governo estadual, perdeu o carisma e sua imagem pública está desgastada. As reformas administrativas, o choque de gestão prometido, nunca aconteceram.
Quem imaginaria que os prefeitos das maiores cidades do estado estariam se articulando para colocarem um nó na linha da velha política? Parece que eles perceberam que o eleitor não quer esperar nenhuma reação que não seja eficaz para os problemas. Com a crise geral, toda a ação, daqui para frente, será em função da eleição de 2018. Se a eleição no Tocantins de 2018 fosse hoje, quem seriam os candidatos mais rejeitados? Os partidos sobreviventes acreditam que não é bem assim, mas o eleitor pensa diferente depois das desastrosas administrações dos quatro últimos governadores que passaram desde 2008.
Já para a disputa ao senado vários nomes estão no páreo. Resta perguntar se terão musculatura financeira, carisma, capilaridade nos diversos municípios do estado. Conseguirá ser candidato, aquele que conseguir aglutinar suporte e tiver cartas na manga. Ninguém sem articulação chega ao senado. É uma briga de gente grande.
Essas questões tem estado no centro dos acontecimentos do cenário político. Portanto, acima de divisões políticas internas, é dever destes lideres reconstruir a credibilidade perante o eleitorado tocantinense.
“Não podem ser uma fonte adicional de instabilidade acima da instabilidade existente crescente devem é preservar a dignidade que ainda existe, independentemente de diferenças ideológicas, políticas e partidárias.”
Para a disputa dos candidatos a deputado estadual e federal muitos podem ter mais dificuldades para a disputa à reeleição em 2018. O momento político para os deputados em 2018 não será tão favorável, principalmente para os chamados deputados escoteiros, que tem várias bases eleitorais no Estado. A pulverização de candidaturas e o desgaste da classe política podem não ser favoráveis para quem não tem bases muito fortes e consolidadas. O que hoje já ouvimos nos comentários no aplicativo WhatsApp, é que o deputado fulano de tal foi o único que vem honrando cada voto recebido. Não votei nele, mas na próxima é certo. Os desfiles dos candidatos já são uma previsão do que podemos esperar nesta temporada. Em um ambiente político conturbado, o cenário para 2018 pede mais que nunca por mudanças, e veremos até onde a crise pela qual passa o país, irá influenciar na renovação dos quadros políticos da nação. E tenho dito.