Da Redação JM Notícia
O objetivo de alguns líderes religiosos é aumentar a Bancada Evangélica, passando de 93 deputados para 150, e de três senadores para 15. Partidos políticos estão de olho no voto desse grupo religioso, que representa quase 30% da população brasileira, lançando nomes que possam atrair os eleitores.
Para ter chances de aumentar a Frente Parlamentar evangélica, uma estratégia está sendo montada. No caso do voto de senadores, cada estado terá apenas um candidato evangélico. No caso de São Paulo, o nome seria o do deputado federal pastor Marco Feliciano.
No Estado do Pará, o vice-governador Zequinha anunciou pré-candidatura ao Senado pelo PSC. No Tocantins, o pastor João Campos de Abreu, ex-vereador de Palmas é cotado para disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados. Já na Bahia, na Convenção Conemad-BA, declarou que irá apoiar o pastor Abílio Santana para deputado federal.
A mesma tática deve ser adotada para os cargos de deputados federais, criando uma espécie de “distritão evangélico” com poucos candidatos em cada região para “concentrar” os votos em poucos nomes.
Manter nomes no Congresso Nacional é interessante para lideranças evangélicas por conta das pautas progressistas que vão de encontro aos valores morais pregados pela religião. Um dos maiores objetivos da bancada é barrar a liberação do aborto, a liberação das drogas, dos jogos de azar e ainda defender a família tradicional.
Líderes e políticos se reúnem desde outubro
Segundo o jornal Valor Econômico, desde outubro um grupo de líderes evangélicos tem se encontrado para debater estratégias para aumentar a participação na política. Entre os representantes temos pastores das igrejas batistas, Assembleia de Deus, Igreja Universal do Reino de Deus, Evangelho Quadrangular, Internacional da Graça de Deus, Ministério Internacional da Restauração, Fonte da Vida, Mundial do Poder de Deus, Sara Nossa Terra e outras.
O senador Magno Malta (PR-ES) e os deputados João Campos (PRB-GO), Sóstenes Cavalcanti (DEM-RJ) e Antônio Bulhões (PRB-SP) estariam articulando esses encontros, buscando apoio também de membros da Frente Parlamentar Mista Católica Apostólica Romana, como o deputado Givaldo Carimbão (PHS-AL), que têm agendas em comum com a dos evangélicos.
O bispo Robson Rodovalho, da Igreja Sara Nossa Terra, por meio da Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil (Concepab) também ter articulado esses encontros na esperança de ajudar a fortalecer a bancada religiosa. “Temos de 28% a 33% de representatividade na população, mas apenas 15% do Congresso”, declarou.