Da redação JM
Os cristãos perseguidos pelo duro regime comunista da Coreia do Norte vão receber uma ajuda providencial da maior potência do mundo. Uma reunião realizada em Washington, Estados Unidos, sobre a liberdade religiosa, que juntou 106 países e inúmeras ONGs, tratou de maneira central a situação na Coreia do Norte, China e Irã, por serem três dos países nos quais a perseguição religiosa é mais evidente.
O vice-presidente americano, Mike Pence, afirmou que seu país vai “pressionar” o regime de Pyongyang, capital da Coreia do Norte, a respeitar a liberdade religiosa. O estadista referiu-se também ao fato de que, por exemplo, a simples posse de um exemplar da Bíblia pode ser considerada uma “ofensa capital”.
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“Enquanto o presidente Trump continua a diligenciar a desnuclearização da Coreia do Norte e uma paz duradoura, os Estados Unidos continuarão a defender a liberdade religiosa de todas as pessoas de todas as religiões na península coreana”, afirmou Pence.
Outra decisão da reunião foi a de criar um órgão internacional que trate da questão da liberdade religiosa. Segundo o secretário de Estado, Mike Pompeo, esta entidade – que poderá ser denominada Aliança Internacional pela Liberdade Religiosa – vai “unir países com ideias semelhantes” para tornar essa questão uma prioridade em nível internacional. “Isso proporcionará um espaço” para a defesa dos “direitos inalienáveis de todos os seres humanos” no que diz respeito à liberdade religiosa.
Na reunião de Washington, além da Coreia do Norte, China e Irã, outros países estiveram no centro das atenções por causa da perseguição religiosa. Entre eles estão Mianmar, Vietnã, Turquia, Cuba, Nigéria, Sudão e Paquistão.
De acordo com o Pew Research Center, aproximadamente 75% da população mundial vive em áreas onde há significantes restrições religiosas. Os cristãos continuam a ser o grupo religioso mais perseguido no mundo. De acordo com o observatório Open Doors USA, em 50 países mais perigosos para os cristãos, 245 milhões de cristãos experimentam altos níveis de perseguição (em âmbito global, um a cada nove cristãos experimentam alto nível de perseguição). Só no ano de 2019, 4.136 cristãos foram mortos devido a questões relacionadas à sua fé (uma média de 11 cristãos mortos por dia); 1.266 igrejas foram atacadas; e 2.625 cristãos foram detidos sem julgamento ou presos.