Da Redação JM Notícia
Na manhã desta terça-feira (6) policiais federais estão cumprindo mandados de condução coercitiva para esclarecer o esquema de construção de pontes superfaturadas no Tocantins.
A ação está sendo realizada em Palmas e várias pessoas estão sendo levadas para prestarem depoimento e contribuírem com as investigações, com ordens expedidas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
As chamadas “pontes de papel” são obras pagas com dinheiro público que nunca foram realizadas ou que foram realizadas com valores superfaturados, como é o caso da ponte sobre o Rio Manuel Alves Grande, em Campos Lindos.
Com 125 metros de comprimento e 12 metros de largura, a ponte foi construída em tubulões de concreto armado (um tipo de tubulação). O Ministério Público Estadual declarou que a obra foi “realizada com várias fraudes que geraram superfaturamento de preços e quantitativos e demais irregularidades”.
O contrato, firmado em 1998, se estendeu até 2006, foi investigado pelo MPE e entre as irregularidades está a utilização do dólar para pagamento dos contratos, uma tática que causa prejuízo ao erário e ainda afronta o Decreto-Lei nº 857, de 11 de setembro de 1969 que proíbe tal situação.
As investigações sobre este e outros casos acontecem desde 2014, e a Polícia Federal tem colaborado no cumprimento dos mandatos.