No ambiente educacional brasileiro é registrado, semanalmente, ao menos 10% de ações de bullying, conforme o relatório Teacher and School Leaders as Lifelong Learners. Realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o estudo foi feito a partir dos dados obtidos na pesquisa Teaching and Learning International Survey (Talis). Professores de 48 países pertencentes à OCDE participaram dessa pesquisa.
No conjunto de países da Talis 2018, 3% das escolas brasileiras enfrentam problemas de intimidação ou ofensa verbal a professores ou funcionários, ao menos uma vez por semana. Continuando com a comparação entre o Brasil, 28% dos diretores de unidades de ensino do país apontaram casos corriqueiros de bullying e intimidação entre os alunos, contra 14% reportado pelos outros países participantes da pesquisa.
A pedagoga Sandra Costa acredita que ações como palestras e debates são fundamentais para amenizar e até conter atos violentos entre os alunos. Atuando como coordenadora de uma escola particular, Costa ainda aposta que a união família-escola é de extrema importância para o estímulo às boas atitudes entre os estudantes. “Na instituição em que trabalho, conscientizamos os alunos contra o bullying na matéria de ética e com projetos de não violência. A família também é convidada a participar já que tem também um papel fundamental neste processo. Não adianta o professor ajudar o aluno e família ficar fora”, explicou a pedagoga.
A profissional também ressalta que o diálogo é um dos caminhos mais eficazes para combater o bullying nas escolas, incluindo primordialmente entender a origem do problema e como o aluno agressor deve se comportar. “Toda vez que um caso desse ocorre na nossa escola, a gente procura conversar com o aluno e pede para que ele faça uma reflexão e se coloque no lugar do colega. Com essa conversa a gente já percebe uma grande mudança”, conclui Sandra.