Da Redação JM Notícia
Ao contrário da maioria das igrejas protestantes, a Igreja Presbiteriana batiza crianças em um ritual muito parecido com o realizado pela Igreja Católica Apostólica Romana. O reverendo Augustus Nicodemus Lopes, que está à frente da Igreja Presbiteriana de Recife, explicou em suas redes sociais os motivos que levam a sua denominação a batizar crianças.
Na visão do pastor, o batismo de crianças remonta ao tempo do Antigo Testamento e tal tradição, para ele, não foi abolida no Novo Testamento, pois trata de “incluir os filhos dos fiéis na aliança de Deus com o seu povo”.
“Batizei meus filhos crendo que, através desse rito iniciatório, eles passaram a fazer parte da Igreja visível de Cristo aqui na terra. Minha crença sé baseia no fato de que, quando Deus fez um pacto com Abraão, incluiu seus filhos na aliança, e determinou que fossem todos circuncidados (Gn. 17.1-14). A circuncisão, na verdade, era o selo da fé que Abraão tinha (ver Rm 4-3,11 com Gn 15.6), mas, mesmo assim, Deus determinou-lhe que circuncidasse Ismael e, mais tarde, Isaque, antes de completar duas semanas (Gn. 21.4)”, explicou.
“Estou persuadido de que a Igreja cristã é a continuação da Igreja do Antigo Testamento. Símbolos e rituais mudaram, mas é a mesma Igreja, o mesmo povo. O Sábado tomou-se em Domingo, a Páscoa, em Ceia, e a circuncisão, em batismo”, completou.
A falta de textos no Novo Testamento que indique o batismo infantil faz com que muitos protestantes questionem a prática, mas para a Igreja Presbiteriana o ensino do Antigo Testamento é válido. “Não há nenhuma proibição apostólica quanto a isso”.
Para explicar corretamente o assunto, o reverendo compartilhou um vídeo de sua ministração onde ele fala sobre o batismo de crianças. Assista: