Da Redação JM Notícia
Na noite desta terça-feira (17) o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou, por unanimidade, os embargos declaratórios apresentados pela defesa do governador do Tocantins. Com isso, a decisão de cassação, declarada em 22 março, foi mantida e Miranda e sua vice-governadora, Cláudia Lelis, deverá deixar o cargo recuperado através de uma liminar.
Ambos perderam o mandato por abuso de poder econômico, abuso de poder político, abuso de autoridade e de captação ou gasto ilícito de recursos financeiros de campanha eleitoral. O caso se refere ao episódio dos R$ 500 mil e de 4 kg de panfletos de campanha apreendidos em um avião em Piracanjuba (GO), durante o período de eleições em 2014.
Com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral de manter a cassação do governado Marcelo Miranda, há várias dúvidas que devem ser respondidas à população tocantinense, principalmente em relação às mudanças que serão realizadas e a principalmente sobre a eleição suplementar. Entenda:
Quando Miranda deixará o governo
Miranda e Cláudia Lelis deixarão o governo assim que a notificação da Justiça Eleitoral for divulgada. Em nota postada em suas redes sociais, o governador declarou que irá recorrer da decisão.
“Em relação à decisão proferida na noite desta terça-feira, 17, pelo pleno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), informo que acatarei a ordem da corte e que minha defesa recorrerá dessa decisão para reestabelecer a verdade e a justiça neste caso”, disse.
Carlesse voltará com sua equipe de governo
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Mauro Carlesse (PHS), assumirá mais uma vez o governo assim que for notificado do afastamento de Miranda e Lelis.
Juntamente com eles, assumirão os gestores escolhidos durante os sete dias que ele ocupou o cargo de governador interino. Os servidores escolhidos por Miranda nas últimas semanas serão exonerados.
Ao comentar a decisão do TSE, Carlesse declarou em nota que recebeu “com naturalidade” a rejeição dos embargos e está preparado “para cumprir seu dever constitucional” de assumir o Governo.
Novas eleições
A eleição suplementar será de forma direta, isso é, com os eleitores escolhendo o governador através do voto. A eleição deve acontecer no dia 3 de junho, como estava previsto, e os partidos deverão apresentar os nomes para iniciar a campanha eleitoral.
O candidato que vencer a eleição, ficará no cargo até o mês de dezembro. Em janeiro de 2019 assume o candidato que ganhar as eleições de outubro.