No último dia 3 de dezembro, em Xinguara, Pará, o pastor presidente da Assembleia de Deus CIADSETA – PA, Deusdete Ramos, encerrou seu pastoreio após 48 anos de liderança e transferiu a presidência da igreja ao neto, pastor Djarley Souza Ramos. A decisão foi anunciada como uma direção divina nas redes sociais da instituição, mas recebeu muitas crítias dos internautas após ser noticiado pelo JM Notícia.
O ministério liderado por Ramos é composto por cerca de 25 congregações na cidade, consolidando-se como uma das maiores denominações locais. Apesar da nota oficial destacar a continuidade da obra e a obediência espiritual, muitos questionaram a sucessão familiar.
Nas redes, comentários divergentes evidenciaram opiniões distintas. Muitos criticaram a escolha do neto como sucessor. “Capitania hereditária”, pontuou um. “Quem vocaciona o pastor é o Senhor da Obra, não o pai ou o avô”, escreveu outro, que também mencionou a questão da concentração de poder.
Defensores da decisão argumentaram que a sucessão familiar é bíblica e que a continuidade do sacerdócio está em linha com princípios espirituais. “Não é uma empresa herdada, mas um legado. Se ele preparou o neto, que siga com honestidade e temor”, defendeu um fiel.
A sucessão em igrejas e convenções é um tema que frequentemente gera discussões, expondo a problemática vivida em muitos lugares do país. O episódio em Xinguara reacendeu esse debate.