Da Redação JM Notícia
Quem assistiu ao debate entre os presidenciáveis na Rede TV! viu a candidata Marina Silva (Rede) confrontar Jair Bolsonaro (PSL) e criticar seu principal projeto de governo que é liberar o porte de arma.
“Você acha que pode resolver tudo no grito, na violência. Nós somos mães, educamos nosso filhos. Você fica ensinando para os jovens que têm de resolver as coisas na base do grito, Bolsonaro. Outro dia, você pegou a mãozinha de uma criança e ensinou a atirar. Você sabe o que a Bíblia diz sobre ensinar uma criança? A Bíblia diz que se deve ensinar à criança o caminho que deve andar. É esse ensinamento que você quer dar ao povo brasileiro?”, questionou Marina.
Mas em entrevista à revista Marie Claire, a ex-senadora declarou que ela e suas irmãs, quando trabalhavam colhendo seringa, utilizavam uma espingarda para se protegerem. Marina citou o uso da arma como sendo o motivo para que ela nunca tivesse sofrido abuso sexual.
“Já sofreu algum tipo de violência sexual?”, questionou a repórter da revista. “Nunca. Quando éramos crianças, tínhamos uma espingarda. Eu e minhas irmãs a levávamos para cortar a seringa. Só uma delas sabia atirar e a gente se dividia na estrada para fazer o serviço mais rápido. Ou seja… não adiantava muita coisa. Mas havia esse medo porque éramos ali talvez as únicas mulheres que cortavam seringa”, respondeu Marina Silva.
A resposta da candidata dá a entender que o pedido para que as meninas utilizassem a espingarda partiu de sua mãe, que queria que suas filhas se protegessem dos perigos que poderiam encontrar no meio do caminho.
“Minha mãe tinha medo por ser um espaço dos homens. As meninas casavam muito cedo. Havia, inclusive, uma cultura de encomendar casamentos. Como pertenço a uma família de matriarcas, esse tipo de proposta nem chegava perto. Minha mãe era uma tigresa na defesa do feminino e, pelo lado do meu pai, minha avó era a matriarca forte”, completou.
A entrevista completa pode ser lida neste link.