Da Redação JM Notícia
O ex-secretário estadual de Segurança Pública César Simoni será candidato ao Governo do Tocantins pelo Partido Social Liberal (PSL), contando com o apoio do pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro. A proposta para o governo é criar uma gestão com pessoas sérias para assumir as pastas e buscar melhorias para o Estado.
Em entrevista ao JM Notícia, Simoni pontou diversos assuntos, entre eles que resolveu se filiar ao PSL inspirado no deputado Jair Bolsonaro com o objetivo de ocupar o lugar “dos maus” e ajudar na recuperação do país arruinado pela esquerda. “Cheguei à conclusão que a gente tem que sair da zona de conforto e tentar ocupar os lugares que os maus estão ocupando”, disse ele.
Sua proposta de governo será pautada pela diminuição do Estado que hoje gasta mais do que é previsto na lei para pagar o funcionalismo público. Ao mesmo tempo que buscará reduzir o erário público, Simoni buscará trazer investidores e indústrias para gerar emprego no Tocantins. “Mas acima de tudo tem que deixar de roubar o Estado”, declarou.
Sobre a cassação do ex-governador Marcelo Miranda, Simoni falou em aberração e ressaltou que existem candidatos que não tem um projeto de Estado, mas sim um projeto pessoal.
Confira os principais pontas da entrevista:
Filiação
“Eu na verdade não tinha filiação partidária, mas desde o lançamento da candidatura do Bolsonaro eu já achava que este era o caminho do Brasil em razão do que as esquerdas fizeram, destruíram a riqueza do país, comprometeram a nação de uma forma que nós tivemos muito perto de um sistema bolivariano. Então eu fiquei pensando e tomei essa decisão em uma viagem em março indo para Brasília. Cheguei à conclusão que a gente tem que sair da zona de conforto e tentar ocupar os lugares que os maus estão ocupando. O principal motivo é este, e ser aqui no Tocantins uma bandeira em favor de Jair Bolsonaro.”
Plano de Governo
“Meu plano de Governo para o Tocantins é ser sério, buscar fazer com que o Tocantins saia dessa situação, essa mesmice de ano, que está todo mundo orbitando em torno do erário público, emprego que está muito vinculado ao Estado, nós temos que desestatizar o Governo, este tem que ser o primeiro passo. E tem que trazer renda, tem que criar renda, trazer investimento e trazer indústria. Mas acima de tudo tem que deixar de roubar o Estado. Também precisa de um governo sério, colocar pessoas sérias nas pastas importantes e tentar ver fazer com que o Estado saia dessa lentidão, desse sistema fechado que se tornou onde entra um governante e destrói tudo que você fez, entra outro e destrói tudo que você fez… não pode ser assim.”
Alianças
“Eu sigo a política do Jair Bolsonaro. Se for para fazer alianças que comprometa os princípios que nós estabelecemos e que nós não podemos nos afastar deles, então eu posso não convidar [para fazer alianças políticas]. Mas aqueles que acreditarem na nossa ideia de seriedade, honestidade, de não ter que fazer acordos espúrios, então a gente pode convidar [para fazer alianças].”
Cassação de Marcelo Miranda
“No ponto de vista de procurador aposentado que sou do Ministério Público, o que aconteceu foi uma aberração porque é o mesmo caso da chapa Dilma-Temer, com duas diferenças: Dilma e Temer receberam da Odebrecht R$ 150 milhões, usaram na campanha e alteraram o resultado da campanha. No caso do Marcelo, eu não conheço os detalhes do processo, mas o que eu li no jornal é que o dinheiro teria intenção de uso na campanha, mas ele não saiu dos órgãos públicos e ficou parado no meio do caminho, porque foi pego em Goiás.”
Várias candidaturas ao Governo do Tocantins
“As candidaturas pequenas como a minha, não são de pessoas que estão querendo participar do processo por interesse e sim por ter um fundamento. Agora nós temos candidaturas de pessoas que vão utilizar uma máquina poderosa, vai ser uma eleição com o maior número de candidatos com poder econômico e com maior número de candidatos que não tem um projeto de Estado, mas sim um projeto pessoal. Isso vai levar muitas pessoas de bem para uma vala comum, pessoas que de fato gostariam de trazer uma coisa nova para o Tocantins, mas vão se envolver nessa corrida por uma mina que está quebrada, mas que eles ainda imaginam que tem ouro no fim do túnel.”
Aumento da violência no Estado
“Quando assumi a SSP, em 2015, Araguaína, por exemplo, estava tomada de assaltos e mortes violentas, o GOTE ia quase que semanalmente para Araguaína. Nós fomos reestruturando e hoje tem 13 delegados para a região, melhoramos muito a estrutura física da polícia ali (em Araguaína). O crime nunca vai acabar. Mas precisamos de muito investimento para que o cidadão possa se sentir seguro.”