Uma igreja evangélica em Campo Grande – MS, foi vítima da fúria de agentes da Guarda Metropolitana, que entraram no templo fortemente armados durante a realização de culto religioso na Comunidade Cristã Aliançados da Capital. O culto foi invadido no início desta semana.
Durante a sessão na Câmara de Campo Grande, nesta terça-feira (01), a bancada evangélica fez duras críticas ao que denominou de ação “agressiva’ da Guarda Civil Metropolitana ao fechar a igreja evangélica Comunidade Cristã Aliançados da Capital.
Para o vereador Papy (SD) as igrejas liberadas estão funcionando com capacidade de pessoas por decreto e não com restrição de horário do culto que inicia às 19h30 e geralmente acaba às 21h30. Segundo Papy, houve uma interpretação errada pela Guarda, uma vez que o decreto já havia sido atualizado com o funcionamento do horário.
“Ontem foi fechado culto às 21h, com a presença da Guarda Municipal armada, com viatura em cima da calçada com giroflex ligado, no momento onde as pessoas estão sofrendo dessa grave doença, dessa pandemia, perdendo seus empregos, reduções de salários, distante das famílias entristecidas e preocupadas com o futuro, que estão buscando dentro das igrejas um alento para aumentar sua fé, sendo cuidadas e amparadas, sendo que muitas vezes o poder público não tem capacidade para fazer, essa é uma prerrogativa constitucional, a liberdade do culto”, disse o parlamentar.
Para o pastor Jeremias Flores (Avante) o fato é inadmissível e provavelmente houve um equívoco no cumprimento do decreto. “O prefeito Marquinhos Trad é um cristão ele sabe, desde o início criou a flexibilização das igrejas, mas agora por questão de meia hora, a Guarda ir lá, está certo que está cumprindo seu papel, mas giroflex, arma, que isso? crente não é bandido tá?, destacou o vereador.
Deputado protesta
Para o deputado estadual Antonio Vaz (Republicanos), que também é pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, é inadmissível essa retaliação com a igreja. “Não posso admitir essa perseguição religiosa, exigimos respeito” afirmou o deputado.
Já o deputado Herculano, afirmou que a atitude foi arbitrária e desrespeitou a Lei 5.502/2020, de sua autoria, que reconhece a atividade religiosa como essencial para a população de Mato Grosso do Sul em tempos de crises ocasionadas por moléstias contagiosas ou catástrofes naturais.
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