Redação JM Notícia
O deputado federal Eli Borges (SD-TO) é favorável à reforma da Previdência, mas está analisando alguns pontos que vão contra sua fé, como é o caso do dispositivo que altera o cálculo de recebimento para pensão no caso de morte.
Segundo o texto apresentado pelo Governo Federal, o cálculo da pensão será reduzido, não sendo mais pago integralmente ao cônjuge. A conta partirá de 50% sendo acrescentado 10% para cada dependente.
No caso de um pensionista sem filhos, o benefício recebido será de 50% da parcela fixa que o segurado recebia, mais 10%. Para o pensionista com um filho, o valor pago será de 70% e assim por diante. Nesses casos, receberia a aposentadoria integral apenas o viúvo (a) que tenha 4 filhos dependentes.
Eli Borges entende que muitas vezes, com a morte do cônjuge, as despesas de uma casa não reduzem, mas sim aumentam. “Quando um ente morre não significa que ele leva 50% das despesas no caixão. Às vezes até ficam mais despesas, por exemplo na velhice: os remédios, os netos os fins de semana, a alimentação que aumenta e, em certos casos, às vezes ficam mensalidades para pagar, enfim… Este é um ponto que o Brasil deve sobretudo aos pobres”, declarou.
Ao falar sobre o tema na sessão plenária desta segunda-feira (8), Eli Borges se mostrou preocupado com este artigo da reforma da Previdência, reafirmando seu voto favorável, mas pedindo para que esse dispositivo de pensão por morte seja revisto.
“Compreendo que, à luz da Bíblia, que Deus é advogado dessa gente e compreendo também, com sentimento de brasileiro, que este direito do órfão e da viúva deva ficar garantido na reforma da Previdência”, declarou o parlamentar tocantinense.