DA REDAÇÃO JM NOTÍCIA
Em época de eleições, Eli Borges diz que sua recomendação é a mesma de José: “não brigueis pelo caminho”
Em meio a muitos conflitos e desavenças que uma campanha eleitoral possa trazer, principalmente dentro das igrejas, o deputado estadual e pastor Eli Borges faz algumas sugestões aos cristãos. Em entrevista ao JM Notícia, o deputado fala ainda sobre seu chamado, seu apoio à candidatura para vereador e para prefeitura de Palmas.
Aos cristãos, Eli Borges deixa alguns recados importantes e alerta: “Eu digo que ninguém sabe ainda o levantar de Deus na questão da representação, então o meu conselho é o mesmo de José: Não brigais pelo caminho” (uma orientação feita por José do Egito a seus irmãos).
O seu segundo recado aos cristãos, é que todos compreendam e respeitem os limites garantidos pela Constituição Federal, que é a consciência do voto, e que para ele, esse direito não pode ser violado, até porque a Constituição Federal foi escrita “sob a proteção de Deus”. Os cristãos choram por ditaduras em outros países e no Brasil alguns querem viver isto, é bom lembrar que temos democracia e um dos atributos morais de Deus é o livre arbítrio.
“Somos livres para votar, desde de que seja para os que defendem as questões da família e da fé e até para os que não defendem, é democracia, mais há uma orientação sobre isto em Deuteronômio e sobre os riscos da escolha errada e da omissão no livro de juízes (parábola de Jotão). Não falo de seguimento religioso, mais da escolha de candidatos defensores de princípios.
Outro alerta é com relação a eleger o maior número de cristãos (não falo de seguimento religioso, mais de defensores da família e outros itens ligados a fé). “Aqueles que têm chances de eleição vão à luta, e trabalhem muito, mas àqueles que percebem que não têm chances, se unam aos que têm para que possamos fazer um grupo maior”.
O deputado diz saber do perigo de uma cidade não ter representante ligado à família. “Eu sei o que é levantar uma bandeira e buscar adeptos da causa da família, inclusive fui ao Maranhão cooperar a convite do Conselho de Pastores e de vereadores para revertermos o Plano Municipal de Educação nesta questão (aqui agradeço pastores, padres, vereadores e deputados – que formaram o exército da família). Depois disto, a guerra espiritual ficou muito forte contra o meu mandato, fato que também se repete com o meu candidato a Vereador JOEL BORGES. Eu sei o que passa um Marco Feliciano, Magno Malta e outros. Neste tempo têm muitas conversas, mais me esforço para calar, orar e trabalhar, talvez por isto estou no sétimo mandato. Não quero que a obra sofra por minha causa, os cristãos merecem o salmo 23 sempre, este direito foi garantido no calvário”.
IGREJA
Sobre o papel da igreja na política, Eli Borges foi enfático de que a instituição precisa trabalhar suas escolhas (e falo para varias[R1] ), mas levando em conta todos os nomes que estão na disputa, e que nunca deve esquecer-se da obra redentora de Jesus na Cruz do Calvário, que aconteceu para que a igreja se movimentasse na busca de almas.
Com muita convicção, o deputado diz respeitar qualquer líder político, e assegura que seu grupo político foi orientado a não tirar votos de nenhum irmão, diz, “E quando há alguma reclamação nesse sentido, tenho reorientado o multiplicador, isso não significa que estou disposto a perder votos já conquistados por meus feitos políticos, agradeço aos que têm me acompanhado e repeito os que fazem outra opção, repito, sou apaixonado pela democracia, a minha linha é a do convencimento com base em realizações politicas. Fazendo assim eu não perco o direito de orar, inclusive nessa luta espiritual dos valores cristãos e da família. Eu vivo esse dever cristão e tenho tentado e luto muito para ser um deputado profeta”.
Aos cristãos, ele pede que o espírito competitivo seja deixado, em nome de um “sentimento irmão”, que para Eli Borges é mais glorioso e deva ser mais forte. “Porque esses eram os sonhos do Calvário. Jesus dizia assim: perdoa estes porque não sabem o que fazem”, “mais o que acontece com os que sabem o que fazem?… Não podemos confundir os objetivos do calvário. Falo isto a vários líderes do estado”. E reforça que fique a visão de “sermos mais irmãos do que competidores nesse tempo”.
SEU CHAMADO PARA POLÍTICA
Questionado sobre o porquê de estar a tanto tempo na política, como deputado estadual cumprindo seu sétimo mandato, Eli Borges não hesitou em afirmar que tem convicção que esse é um chamado de Deus para sua vida. “Estou na política por uma orientação de Deus, quando mais jovem achei que fosse me tornar um preletor, um pastor itinerante, mas Deus foi-me orientando, hoje sou pastor, não dirijo igreja e tenho a consciência do meu chamado “político profeta”.
Nascido na cidade de IPAMERI-GO e toda infância em Porangatu, começou a trabalhar desde adolescente como vendedor de picolé e geladinho. Eli afirma que desde cedo aprendeu o caminho da oração e passava horas orando, hábito praticado até hoje. Para a gloria de Deus, sou apenas servo, diz, mais acho que este ontem somado com a misericórdia têm agradado a Deus.
No ano de 89/90, ele diz ter recebido um forte chamado para a política. “Era uma coisa parecida com o chamado de Deus para Daniel, José, Ester; e isso foi muito claro, mudei para Palmas e fui convidado pela igreja para ser candidato a vereador, e em gratidão apoiei o candidato da igreja na campanha para deputado, desde então venho construindo a minha base política, sem perder o que eu mais gosto de fazer na vida, que é o meu chamado pastoral, da unção, da preleção, dele eu não abro mão, isso é mais importante do que ser político”.
Apoio a Vereador
Eli Borges diz ter muitos amigos candidatos a vereador em Palmas, mas que de uma maneira específica apoia seu irmão Joel Borges. “Não é apenas pelo fato de ser meu irmão, mas pelo trabalho que ele desenvolveu no seu primeiro mandato; sua luta pela preservação da família foi à luta de um vereador profeta, foi forte sua posição em defesa da sociedade contra os aumentos do IPTU, ISSQN, ITBI e de outras taxas, foi extremamente importante, e ele mostrou que faz a legítima representação”.
PREFEITURA DE PALMAS
Sobre o seu apoio à Prefeitura de Palmas, o deputado afirma que sempre apoiou a renovação da política, e por isso desta vez apoia a candidata Cláudia (PV). “Palmas só neste ano de 2016 tem uma previsão orçamentária de quase um bilhão de reais, portanto, a cidade precisa de alguém que pense administrativamente de forma diferente, uma política de emprego e renda que venha através da industrialização; que passe pelo incentivo da diminuição da carga tributária; que venha através do turismo utilizando o potencial do Lago, de Taquaruçu, fazendo de Palmas um portal de entrada para o Jalapão, que é o maior polo turístico do Tocantins, ainda em fase de exploração; e que fortaleça o setor produtivo rural”.
Para o deputado, a atual gestão não levou em conta a política de emprego e renda, não deu resposta ao quesito segurança, as outras foram fortes em alguns aspectos, mais a cidade ficou abandonada, precisa mudar, sair da mesmice administrativa.